Pleno.News - 10/03/2022 16h55 | atualizado em 10/03/2022 17h10

A ex-presidente Dilma Rousseff é uma das personalidades que foram pessoalmente convidadas pelo presidente eleito do Chile, Gabriel Boric, para sua cerimônia de posse. Na mesma lista também se destacam o candidato presidencial colombiano Gustavo Petro e a ministra da Igualdade da Espanha, Irene Montero, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente não comparecerá por problemas de agenda.

Também estarão presentes, na cerimônia oficial que acontecerá na sexta-feira (11) na sede do Congresso chileno, na cidade litorânea de Valparaíso, a ex-candidata presidencial peruana Verónika Mendoza, o presidente do Senado boliviano, Andrónico Rodríguez, e o parlamentar britânico e ex-líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn.

Boric também convidou o ex-vice-presidente boliviano Álvaro García Linera, uma de suas principais referências intelectuais, e a escritora nicaraguense Gioconda Belli, uma das principais opositoras do regime de Daniel Ortega.

Pela Argentina, estarão presentes o cantor e compositor Pedro Aznar e a ativista Estela de Carlotto, presidente das Avós da Praça de Maio, associação que localiza e devolve às suas famílias legítimas todas as crianças apropriadas pela última ditadura argentina.

O ex-líder estudantil, que com 36 anos se tornará o presidente mais jovem da história do Chile nesta sexta-feira, também convidou Lula e o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, assim como o escritor nicaraguense e ex-sandinista líder Sergio Ramírez, mas os três não estarão presentes devido a problemas de agenda.

Em nível nacional, entre os convidados especiais de Boric, destaca-se o jovem Gustavo Gatica, uma das vítimas mais emblemáticas da repressão aos protestos de 2019. Ele ficou cego depois de receber vários tiros no rosto disparados pelas forças de segurança durante uma marcha.

Gaby Rivera e Alicia Lira, presidentes da Associação de Familiares de Detidos e Desaparecidos e da Associação de Familiares de Executados Políticos durante a ditadura chilena, respectivamente, também estarão presentes na cerimônia de posse.

O ex-líder estudantil convidou ainda um grande grupo de lideranças indígenas, o poeta Raúl Zurita e a escritora chilena Nona Fernández.

Defensor do processo constituinte em que o Chile está imerso e crítico ferrenho do modelo neoliberal instalado durante o regime militar (1973-1990), Boric quer ampliar o papel do Estado para um modelo semelhante ao europeu.

Além disso, liderará um governo feminista com 14 mulheres e 10 homens, no qual quem terá mais poder dentro do futuro gabinete será a médica independente Izkia Siches, a primeira mulher a ocupar o cargo de ministra do Interior no Chile.

*EFE

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