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Dilma diz que Bolsonaro flerta com “golpe dentro do golpe”

Petista também criticou o plano econômico do governo

Pierre Borges - 31/08/2021 13h55 | atualizado em 14/10/2021 14h05

Ex-presidente Dilma Rousseff
Ex-presidente Dilma Rousseff Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Cinco anos após ter sido afastada do cargo, a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que Bolsonaro flerta com um “golpe dentro do golpe”, em referência a seu impeachment ocorrido em 31 de agosto de 2016.

– Como se não tivéssemos já vivido o golpe, que já aconteceu, o que estamos vivendo são as etapas do possível endurecimento do regime político no Brasil; o governo flertando com a possibilidade de um golpe dentro do golpe – apontou Dilma.

A petista criticou a presença dos militares no governo e ressaltou que a tendência começou a crescer logo após sua saída da Presidência.

– Lembra que, no governo Temer, deram uma importância grande aos militares, voltando a ter o GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), entregue ao general Sérgio Etchegoyen, levando um militar para dirigir o Ministério da Defesa? Isso nunca tinha acontecido: entregar o Ministério da Defesa a um militar – criticou.

O planejamento econômico do governo foi outro ponto rechaçado por Dilma. Ela afirmou que as decisões da equipe econômica de Bolsonaro comprometem a soberania nacional e que, em 2016, sofreu um “golpe sobretudo neoliberal”.

– Lá atrás [em 2016], houve um golpe parlamentar, judiciário e midiático. Mas, sobretudo, um golpe do setor financeiro, do capitalismo financeirizado; um golpe neoliberal (…) [que] vai ensejar todas as medidas que vão levar à volta da pobreza no Brasil e à volta do desemprego. Ali, permitiu-se tomar as medidas que comprometeram a soberania nacional, seja a venda de estatais, ou o esquartejamento da Petrobrás, ou aquele absurdo da Eletrobrás, que é um escândalo! Fizeram uma feira da Eletrobrás, como se fosse passível de [se] colocar numa quermesse do interior – afirmou.

A petista argumentou que, no seu impeachment, “não houve uma intervenção clássica militar, mas uma manipulação das regras legais”, onde foram criados “crimes onde não existiam”.

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