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‘Devemos preservar a nossa saúde e a de nossos familiares’

Durante pronunciamento em rádio e TV, presidente falou do coronavírus no Brasil e das manifestações do dia 15

Henrique Gimenes - 12/03/2020 20h51 | atualizado em 12/03/2020 21h10

Nesta quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro realizou um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para falar da situação do coronavírus no Brasil. Ele comentou sobre as manifestações marcadas para o próximo domingo (15) e disse que é importante preservar “nossa saúde e de nossos familiares”.

A declaração ocorre em meio ao aumento do número de casos da doença no Brasil e um dia após a Organização Mundial Saúde (OMS) decretar pandemia de coronavírus.

O presidente afirmou que o sistema de saúde brasileiro possui um “limite de pacientes que podem ser atendidos” e disse que o “governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle”. Ele explicou que o número de casos deve subir nos próximos dias, mas deixou claro que isso não pode ser “motivo de qualquer pânico”.

Sobre as manifestações, Bolsonaro disse que os movimentos são “espontâneos e legítimos”, mas que devido à questão do coronavírus, eles “precisam ser repensados”. Ele afirmou que o momento é de “união, serenidade e bom senso” e ressaltou que é preciso ter preocupação com a saúde.

Antes do pronunciamento, no entanto, diversos organizadores das manifestações já haviam anunciado o adiamento dos protestos.

Veja a íntegra do pronunciamento:

Boa noite.

Diante do avanço do coronavírus em muitos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS), de forma responsável, classificou a situação atual como pandemia. O sistema de saúde brasileiro, como os demais países, tem um limite de pacientes que podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle. É provável que o número de infectados aumente nos próximos dias, sem, no entanto, ser motivo de qualquer pânico. Há uma preocupação maior, por motivos óbvios, com os idosos.

Há também recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares. Queremos um povo atuante e zeloso com a coisa pública, mas jamais podemos colocar em risco a saúde da nossa gente. Os movimentos espontâneos e legítimos, marcados para o dia 15 de março, atendem aos interesses da nação. Balizados pela pela e pela ordem, demonstram o amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade.

Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, ser repensados. Nossa saúde e de nossos familiares devem ser preservadas. O momento é de união, serenidade e bom senso. Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público. Por isso, as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis.

Que Deus abençoe o nosso Brasil.

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