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Deputados acionam Direitos Humanos por detidos em ginásio

Carla Zambelli expressou preocupação com as condições dos manifestantes que aguardam a triagem

Pleno.News - 10/01/2023 11h35 | atualizado em 10/01/2023 12h19

Deputada federal Carla Zambelli Foto: Câmara dos Deputados | Paulo Sérgio

Nesta segunda-feira (9), um grupo de parlamentares recorreu ao Ministério dos Direitos Humanos e à Defensoria Pública a fim de assegurar condições dignas aos 1,5 mil manifestantes que foram detidos e levados a um ginásio da Polícia Federal (PF), em Brasília.

Segundo a deputada federal Carla Zambelli, os congressistas receberam denúncias de suposta precariedade no tratamento dado aos detidos. Entre os deputados que acionaram os órgãos do governo, estão também Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Luiz Lima (PL-RJ) e os eleitos Zé Trovão (PL-SC) e Rodolfo Nogueira (PL-MS), que assumirão seus cargos em fevereiro.

– Recebemos a informação de que falta água e falta comida para eles. Acionamos a DPU e o Ministério dos Direitos Humanos. Entre os detidos, há manifestantes que atuavam de forma pacífica e vândalos. Seja como for, todos necessitam de condições básicas – defendeu Zambelli, de acordo com informações do Jornal Gazeta do Povo.

No ofício, os parlamentares afirmam que “a Constituição Federal assegura, em seu artigo 5º, incisos III e XLIX, que, sem exceção, ninguém será submetido a tratamento desumano ou degradante, bem como o respeito à integridade física e moral do preso”.

Os manifestantes foram levados ao ginásio a fim de passar por uma triagem. Parte deles foi presa em flagrante durante a invasão às sedes dos Três Poderes, no último domingo (8). Outra parcela estava no acampamento diante do quartel general do Exército em Brasília, que foi desmontado nesta segunda-feira (9) após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

QUEIXAS DE ADVOGADOS
Advogados dos detidos reclamaram, nesta segunda, que seus clientes estavam sendo mantidos sem alimentação no ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles. Os defensores afirmaram que o grupo estaria passando mal de fome.

Durante a tarde de segunda, o Conselho Tutelar foi ao local para verificar as condições dos menores de idade que foram levados ao ginásio. Sobre as condições do local, a Polícia Federal confirmou que houve casos de mal-estar, mas disse que todos foram prontamente atendidos, sem maior gravidade. Tendas de saúde também foram montadas no local pelo Corpo de Bombeiros.

A Polícia Federal (PF) também negou a informação de que uma idosa teria morrido no ginásio. A informação sobre o suposto óbito havia se espalhado pelas redes sociais na noite desta segunda.

A corporação ainda liberou, durante a noite desta segunda, ônibus com mulheres com filhos pequenos, idosos com comorbidades, e menores de idade que haviam sido detidos no acampamento. A PF, porém, não divulgou quantas pessoas foram liberadas, nem quantas permanecem detidas.

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