Monique Mello - 01/05/2023 14h24 | atualizado em 02/05/2023 14h06

O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), que é presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, visitou o ex-ministro da Justiça Anderson Torres no 4º Batalhão da Polícia Militar de Brasília e fez um relato nas redes sociais.

A visita, ocorrida no sábado (29), foi autorizada pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Sanderson relatou que a situação com a qual se deparou é assustadora. Ele vê a prisão preventiva de Torres como instrumento de tortura.

– A prisão preventiva não tem razão de ser. Não pode, a prisão preventiva, ser instrumento de tortura psicológica, ou até mesmo de tortura física. E é isso que presenciei aqui, hoje – disse em vídeo publicado nas redes sociais.

– Anderson [está] absolutamente abalado. Chorou praticamente todo o período em que estive conversando com ele – continuou.

Segundo Sanderson, Torres falou várias vezes em suicídio.

– Durante a visita, Anderson Torres chorou e falou várias vezes em suicídio. Disse que não aguenta mais tanto sofrimento por algo que não cometeu. Deu para ver no seu semblante que está no limite – afirmou.

O ex-ministro está preso desde o dia 14 de janeiro, suspeito de omissão nos atos do dia 8 do mesmo mês, que culminaram na invasão às sedes dos Três Poderes. À época, Torres se encontrava em viagem aos Estados Unidos junto da família.

Na tarde de hoje estive visitando o ex-ministro da justiça ANDERSON TORRES, no 4º BPM em Brasília. A situação é assustadora. Muito triste o que vi. Está absolutamente abalado psicologicamente, não só por estar há mais de 3 meses preso, mas por estar sofrendo um grande injustiça. pic.twitter.com/ZQ9Jwj3sD6

— Deputado Sanderson (@DepSanderson) April 29, 2023

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