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Deputado Junio Amaral condena gênero neutro: ‘É doutrinação!’

Parlamentar é autor de PL que tenta proibir neutralização de gênero em escolas

Gabriela Doria - 31/12/2020 15h58 | atualizado em 31/12/2020 16h00

Deputado Cabo Junio Amaral é autor de PL contra imposição da neutralização de gênero nas escolas Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados

Eleito com quase 160 mil votos no pleito de 2018, o deputado federal Cabo Junio Amaral (PSL-MG) é o autor do projeto de lei que visa proibir o uso do chamado “gênero neutro” no âmbito da Educação no país. Considerado um tema polêmico, a neutralização de gênero ganhou repercussão após escolas de renome, como o Colégio Franco-Brasileiro, do Rio de Janeiro, começarem a usar este artifício – o famoso “ele, ela, elx” – para se dirigir aos alunos.

Por se tratar de um tema que vai além do idioma e carrega consigo ideologias progressistas, Amaral decidiu pautar o tema na Câmara dos Deputados. Em entrevista ao Pleno.News, o deputado esclarece o que pensa sobre o assunto.

Recentemente o senhor propôs a PL que proíbe o uso do “gênero neutro” em instituições de educação e bancadas de concurso. Qual objetivo o senhor deseja com a aprovação do projeto?
Diante das tentativas isoladas de alguns, o meu projeto vem em resposta aos que querem impor o reconhecimento de um terceiro gênero, o neutro, ao lado dos gêneros masculino e feminino.

Como o senhor vê esse recente movimento de minorias que tentam “adicionar” à língua portuguesa novas formas de representação? Considera legítimo?
Não considero legítimo pois é algo cada vez mais impositivo por parte dos progressistas, que querem mudar a nossa Língua Portuguesa e realizar uma reforma ortográfica por conta própria.

Deputado, o senhor crê que outras instituições de ensino possam seguir o mesmo exemplo do Colégio Franco-Brasileiro ao adotar a neutralização de gênero?
Não acho difícil acontecer. Apesar dos que se propuseram a isso serem uma grande minoria, sabemos que as instituições de ensino estão dominadas pela esquerda e pela doutrinação que é imposta por eles. À partir do momento que aquele que está à frente da instituição vê a possibilidade de inserir isso, será feito sem qualquer ponderação.

O senhor acredita que a neutralização de gênero seja uma ramificação da chamada “ideologia de gênero”? O senhor pode apontar a relação entre elas?
Acredito que sim, principalmente quando envolve crianças. Suprimir pronomes masculinos e femininos irá destruir o princípio de separação entre meninos e meninas e gerar uma confusão enorme na cabeça deles. A ideologia de gênero quer justamente ”acabar com as diferenças” e transformar o sexo biológico em algo meramente artificial, colocando o gênero como se fosse uma construção social e não biológica, para que uma minoria se sinta confortável.

O senhor vislumbra algum tipo de prejuízo à educação caso a neutralização de gênero ganhe força nas instituições de educação?
Estamos em uma guerra cultural, tudo isso é feito de forma planejada e foi ensinado pelos marxistas. Só o fato de agora estarem impondo uma mudança na nossa Língua, sem qualquer discussão com a população e assumindo o papel de legisladores, que não cabe a eles, é um fato grave e mais um avanço doutrinário dentro das instituições de ensino. A educação brasileira possui níveis baixíssimos, e enquanto a preocupação de alguns forem agendas progressistas, para formar militantes e não profissionais, seguiremos assim.

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