Deputado diz que PT vetou atriz pornô por ela ser “pobre”
Deputado federal José Medeiros aponta que implicação não foi o ofício de Ester Caroline, a Tigresa VIP
Monique Mello - 27/05/2022 12h52 | atualizado em 27/05/2022 14h15
O deputado federal José Medeiros (PL) classificou como hipócrita a decisão do PT de não filiar Ester Caroline Pessatto – a Tigresa VIP – uma atriz pornô de sua cidade, Mato Grosso. Para o parlamentar, o agravante para o partido não é a ocupação de Ester, mas sim seu status social e financeiro.
– Esses caras [do PT] defendem qualquer p****** que seja cool, que seja de luxo, intelectual. É mais ou menos assim: é a p****** chique. Se for pobre não serve, não do interior do Mato Grosso. Se for Leblon, Ipanema, aí funciona. […] Como é uma pobre, negra. Eles não defendem tanto as minorias? – questionou, em entrevista ao canal do YouTube Conexão Poder.
Medeiros citou o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), que já fez filmes pornográficos, foi oposição ao PT, mas nem por isso rechaçado. O parlamentar comparou também Tigresa com a cantora Anitta.
– Anitta pode tatuar o toba, que é bonito. Se a Anitta quiser ser candidata eles liberam amanhã. A menina nem tatuou o toba! – disparou.
O CASO
Ester Caroline Pessatto, uma atriz pornô conhecida como Tigresa VIP, obteve liminar na Justiça Eleitoral de Mato Grosso, garantindo o direito de filiar-se ao PT e, assim, disputar uma vaga para deputada estadual.
A determinação foi dada pelo juiz Alexandre Paulichi Chiovitti, da 38° Zona Eleitoral de Santo Antônio do Leverger, a 35 quilômetros de Cuiabá, nesta quarta-feira (25).
A atriz teve seu pedido de filiação rejeitado pelo PT em abril deste ano. Para o juiz, a negativa do partido correu sem a observância dos direitos de defesa de Ester, já que o partido não homologava a filiação e não respondia aos questionamentos da atriz.
Alguns líderes do partido, no Mato Grosso, haviam alegando irregularidades no processo de filiação de Ester. De acordo com eles, a atriz teria se filiado no município de Barão de Melgaço sem autorização do diretório municipal.
A defesa de Ester sustentou que ela sofreu discriminação por parte da legenda. Por meio de nota, o advogado de Tigresa declarou que a “verdade venceu”.
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