Deputado diz que passaporte da vacina é “ditadura nazista”
Cairo Salim realizou audiência pública com a presença de diversos especialistas e de pessoas contrárias à imposição da vacinação
Paulo Moura - 27/10/2021 08h15 | atualizado em 27/10/2021 09h49

O deputado estadual Cairo Salim (Pros), da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), manifestou-se duramente contra o chamado “passaporte vacinal” durante uma audiência pública realizada no parlamento goiano na última segunda-feira (25). Durante seu pronunciamento, o parlamentar chamou a imposição da vacinação para a entrada em determinados locais de “ditadura nazista”.
– Primeiro nos pressionaram a utilizar máscara. Depois nos pressionaram à vacinação. E agora existe já mundo afora essa questão doentia do passaporte sanitário. […] Defendamos o estado de Goiás dessa ditadura nazista sanitária que estão querendo impor mundo afora – disse.
A audiência pública em questão, promovida pelo próprio deputado, reuniu diversas pessoas contrárias à obrigatoriedade de imunização para o ingresso em locais e bens públicos e privados. Participaram da audiência professores, empresários, advogados, especialistas e representantes de grupos religiosos que são contra a imposição do “passaporte”.
Salim é autor de um projeto que defende que as pessoas não sejam obrigadas a apresentar o cartão de vacina contra a Covid-19 para acesso a locais públicos ou privados, em Goiás. De acordo com a justificativa da proposta, o objetivo é “garantir a liberdade de locomoção, inclusão social e do exercício dos direitos de pessoas que ainda não foram vacinadas”.
– Aqui, em Goiás, não vamos deixar nenhum passaporte vingar – declarou o parlamentar durante a audiência.
Em compensação, o também deputado estadual Lucas Calil (PSD) tem um projeto de lei que dá aval ao setor privado para proibir a entrada de pessoas não vacinadas em estabelecimentos. Cairo Salim aproveitou a audiência para criticar o projeto protocolado por seu colega de Casa.
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