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Depois de 1.663 dias, Brasil vive 1° dia sem Maia na presidência

Ex-comandante da Casa foi o presidente a ficar a mais tempo no poder desde Ranieri Mazzilli, que comandou entre 1958 e 1965

Paulo Moura - 29/01/2021 13h15 | atualizado em 02/02/2021 08h49

Foi como um tango argentino, ou nesse caso chileno pela nacionalidade do personagem, que a permanência de mais de quatro anos e meio do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados chegou ao fim. Nem com uma de suas últimas manobras, permitindo inscrições fora do prazo, o parlamentar foi capaz de evitar o “massacre” sofrido por seu candidato, Baleia Rossi (MDB-SP), derrotado por Arthur Lira (PP-AL) pelo placar de 302 votos a 145.

Na longa matemática de Maia no poder, foram 1.663 dias de um longo período carregado de críticas e “acotovelamentos” com o Poder Executivo, como dito por Arthur Lira. Traduzidos, os números mostram que ele foi o presidente da Câmara há mais tempo consecutivo no poder desde 1958, quando Ranieri Mazzilli ficou 2.542 dias, ou quase sete anos, até deixar o comando da Câmara em 1965.

O que diferiu Maia de Mazzilli, porém, foi o fato de que o herdeiro político de Cesar Maia conseguiu a “proeza” de estabelecer três mandatos seguidos na presidência da Câmara, algo sem registro na história da Casa que completa 200 anos em 2026. O primeiro deles aconteceu após a renúncia de Eduardo Cunha (MDB), em 2016, quando Maia venceu Rogério Rosso (PSD-DF), por 285 votos a 170.

Em 2017, ao favorecer-se do fato de que seu primeiro mandato foi “tampão”, Maia conseguiu eleger-se para seu segundo período, com uma folgada votação de 293 votos contra 105 do segundo colocado, Jovair Arantes (PTB-GO). Na época, Rodrigo Maia se beneficiou de uma decisão do ministro Celso de Mello, do STF, que entendeu que não havia justificativa para impedir a candidatura de Maia.

Por fim, em 2019, o parlamentar se aproveitou do fato de que estava em um novo mandato e ampliou o tempo no comando da Câmara ao vencer, com 334 votos, os concorrentes Fábio Ramalho (MDB-MG), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), JHC (PSB-AL), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e General Peternelli (PSL-SP).

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