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DEM abandona Rodrigo Maia e decide ficar neutro na Câmara

Decisão da legenda é duro golpe na candidatura de Baleia Rossi e deve ser decisiva para resultado

Paulo Moura - 01/02/2021 07h40 | atualizado em 01/02/2021 09h54

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Reprodução

A noite de domingo (31) foi marcada por mais uma derrota do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na busca por emplacar o sucessor de sua preferência no comando da Casa. A “bola da vez” foi o anúncio de que o DEM, partido de Maia, decidiu ficar isento na disputa, em decisão que demonstra clara perda de capital político do deputado e um fator que deve ser determinante para uma derrota do candidato Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia.

A decisão de neutralidade adotada pelo DEM foi tomada por unanimidade, após uma reunião realizada na noite de domingo, na sede do partido, em Brasília (DF). A proposta de ficar isento na disputa partiu do presidente do partido, ACM Neto (BA), e teve a anuência de nomes importantes na legenda, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o ex-governador de Pernambuco Mendonça Filho e o ex-senador José Agripino.

– A Executiva Nacional optou por não aderir nem a um bloco nem a outro; a escolha foi pela neutralidade – disse Mendonça Filho.

Um dos aliados do deputado Arthur Lira (PP-AL), o deputado Luis Miranda (DEM-DF), confirmou que o partido não faz mais parte da base de apoio de Baleia Rossi e afirmou que muitos parlamentares da legenda ficaram aliviados por terem a liberdade de votar nas pautas em que acreditam.

– São 31 votos a menos no bloco dele, e um alívio para os 21 deputados e deputadas que já tinham declarado voto para o Arthur Lira e não gostariam de ter a sua imagem vinculada a um bloco que foi literalmente construído com pautas da esquerda, sem sermos escutados, ouvidos e respeitados – afirmou Miranda.

O DEM não havia formalizado a adesão a nenhum dos blocos, mas era contabilizado por Baleia Rossi e por Maia como parte da base do presidente do MDB. Com o DEM, o bloco de Baleia tinha 238 parlamentares, enquanto o de Lira tinha 272. Sem o partido, o número de parlamentares no lado do aliado de Maia cai para 207. Para ser eleito presidente da Câmara em primeiro turno, o candidato precisa de 257 votos, visto que são 513 deputados no total.

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