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Deltan denuncia cobrança de R$ 2,8 milhões pelo TCU por gastos com passagens e diárias na Lava Jato

Em suas redes sociais, ex-procurador disse que vai "seguir em frente" e que não vai "desistir" do Brasil

Henrique Gimenes - 25/05/2022 17h10 | atualizado em 25/05/2022 17h42

Ex-procurador da República, Deltan Dallagnol Foto: Agência Brasil/José Cruz

O ex-procurador Deltan Dallagnol se manifestou sobre uma cobrança de R$ 2,8 milhões relativos a gastos realizados com passagens e diárias de procuradores durante a operação Lava Jato. Em um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (24), Deltan afirmou que a cobrança partiu do Tribunal de Contas da União (TCU).

– Vou falar para vocês qual é o preço de combater a corrupção no Brasil. Meus advogados acabaram de me mandar uma notificação, um ofício do Tribunal de Contas, que quer colocar na minha conta, quer cobrar de mim e de outros procuradores da Lava Jato, o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões para a sociedade. Para recuperar isso, a gente trouxe procuradores especialistas de todo o país, pessoas especializadas em lavagem de dinheiro, em combate à corrupção para trabalhar aqui. Para isso, como qualquer empresa paga, foram pagas passagens aéreas para essas pessoas virem trabalhar, dinheiro para eles pagarem hotel, alimentação, como qualquer empresa pagaria – declarou Dallagnol.

Em seguida, o ex-procurador fez uma associação entre o ministro Bruno Dantas e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

– E agora o ministro Bruno Dantas, que estava lá no jantar de lançamento da pré-candidatura do ex-presidiário, ex-presidente Lula, ele, que é apadrinhado de Renan Calheiros, manda esse ofício querendo botar na minha conta? A gente vai recorrer disso aqui, eu vou levar para a Justiça, para 1ª instância, porque a 1ª instância é uma instância técnica do judiciário. Então eu tenho a expectativa de que vai revisar – apontou.

Dallagnol então disse que, mesmo com essa cobrança, ele não vai parar.

– Ele [Dantas] querendo cobrar isso de mim que não sou administrador do Ministério Público, não mandei pagar diária, não recebi essas diárias, não autorizei, e ele deu um jeito de me incluir lá. Olha o que ele quer cobrar de mim, R$ 2,800 milhões. O sistema reage, o sistema contra-ataca, o sistema quer parar você, mas se vocês querem me parar, eu não vou ser parado. Eu vou seguir em frente, eu não vou desistir do meu país. Eu amo o meu país, eu amo as pessoas do meu país. Eu quero reduzir o sofrimento humano causado pela corrupção e, para isso, eu vou lutar até o fim contra a corrupção e contra a impunidade – ressaltou.

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