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Deltan Dallagnol fala em ação conjunta com Augusto Aras

Procurador afirmou que o desafio do combate à corrupção é "imenso"

Pedro Ramos - 13/09/2019 17h35 | atualizado em 13/09/2019 17h36

Deltan Dallagnol Foto: Reprodução/Twitter

Depois de criticar a decisão do presidente Jair Bolsonaro de escolher o novo procurador-geral da República (PGR) fora da lista tríplice, o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol, defendeu nesta sexta-feira (13) o “trabalho conjunto” com Augusto Aras.

Em mensagem aos colegas na rede interna de procuradores, Deltan afirmou que “é hora de trabalhar pelo MPF [Ministério Público Federal]” e que a atuação da Lava Jato “depende de permanente coordenação entre instâncias, inclusive entre primeira (instância) e PGR”.

– É importante o trabalho conjunto para continuar expandindo as investigações para responsabilizar criminosos e recuperar recursos, dentro da nossa atribuição – disse o procurador.

Segundo afirmou Deltan, a ideia de composição com Augusto Aras também é defendida, por exemplo, pelo procurador Vladimir Aras, que concorria à lista tríplice com o apoio de Sergio Moro e é primo de Augusto. Eles são de grupos opostos na PGR.

Deltan relatou aos colegas procuradores uma conversa que teve com Aras nesta quinta-feira (12). Como mostrou o Painel, o escolhido para suceder Raquel Dodge recebeu telefonema do chefe da força-tarefa e fez gestos à operação pregando “diálogo permanente”.

Tive um contato inicial com o Dr. Aras, ontem, que expressou seu compromisso de manter e até fortalecer o trabalho das forças-tarefas, sua abertura ao diálogo e sua disposição para uma atuação coordenada – escreveu Deltan.

O coordenador da Lava Jato também elogiou a formação da equipe de Aras. Ele convidou, por exemplo, a procuradora Thaméa Danelon, que comandou a operação em São Paulo, e já indicou que pretende reincorporar ao grupo de trabalho da operação na PGR os procuradores que pediram demissão na semana passada, em protesto à atual procuradora-geral, Raquel Dodge.

– Os desafios do MPF e do combate à corrupção são imensos. Que possamos construir o futuro mediante o diálogo e a cooperação – declarou o procurador.

*Folhapress

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