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Delação liga ministro de Lula à fraude na compra de respiradores

Rui Costa, então líder do Consórcio Nordeste, comprou respiradores que nunca foram entregues

Leiliane Lopes - 03/04/2024 19h22 | atualizado em 04/04/2024 11h19

Lula e o ministro Rui Costa Foto: PR/Ricardo Stuckert

A Polícia Federal (PF) investigou a compra irregular de respiradores durante a pandemia pelo então governador da Bahia, Rui Costa (PT), atual ministro-chefe da Casa Civil do governo Lula (PT). O contrato de R$ 48 milhões foi pago, mas os aparelhos nunca foram entregues.

Segundo a PF, há indícios que ligam Costa a essa compra irregular. Uma delação premiada da empresária responsável pelo negócio, Cristiana Prestes Taddeo, diz que R$ 10 milhões do que foi pago para a empresa, foi devolvido aos cofres públicos. Ela apresentou extratos bancários que comprovam as transferências realizadas.

Em sua defesa, Costa afirma que nunca tratou com intermediários sobre a compra desses equipamentos para a saúde. Ele também justificou o pagamento adiantado dizendo que era a condição “vigente” naquele momento para a compra de respiradores.

Rui Costa foi mencionado também por um ex-secretário do governo baiano, que disse ter fechado o negócio por ordem do petista. A compra de 300 respiradores que seriam importados da China foi feita em abril de 2020 com o objetivo de abastecer os estados pertencentes ao Consórcio Nordeste que era presidido pelo então governador baiano.

A contratação da Hempcare, empresa que comercializa produtos de maconha, aconteceu sem licitação e nenhum equipamento foi entregue, causando prejuízo aos cofres públicos.

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