Henrique Gimenes - 27/08/2025 18h54 | atualizado em 27/08/2025 20h27

A defesa de Jair Bolsonaro se manifestou sobre a ideia da Polícia Federal (PF) de monitorar o ex-presidente dentro de sua residência. O advogado do líder da direita brasileira, Paulo Cunha Bueno, refutou a medida e disse que ela passaria a impressão de querer “gerar um constrangimento desnecessário”.

O pedido foi sugerido ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta terça-feira (26), após o magistrado determinar que o líder da direita brasileira fosse monitorado 24 horas por dia. Em entrevista à CNN Brasil, o defensor de Bolsonaro afirmou que mais pessoas vivem na residência.

– É uma medida constrangedora, desnecessária e contrária à decisão do ministro que preservou a inviolabilidade do domicílio, lembrando que na casa vivem o presidente Bolsonaro, a filha, a esposa e a enteada – apontou.

Em ofício enviado a Moraes, a PF apontou que a presença de vigilantes nas imediações da residência não seria o suficiente para evitar uma eventual fuga, mesmo com o uso de tornozeleira eletrônica, já que ela seria suscetível a falhas.

– Dessa forma, havendo, em tese, intenção de fuga, necessário o acompanhamento in loco e em tempo integral das atividades do custodiado, e do fluxo de veículos na residência e de vizinhos próximos, únicas medidas hábeis a minimizar, de forma razoavelmente satisfatória, tais riscos – disse a corporação.

O documento foi assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, que indicou que o monitoramento dentro da residência de Bolsonaro ajudaria a evitar transtornos aos demais moradores do condomínio.

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