Defesa pede que STF anule indiciamento de Temer
PF apresentou conclusões do inquérito dos Portos nesta terça-feira
Henrique Gimenes - 17/10/2018 20h49
Nesta quarta-feira (17), a defesa do presidente Michel Temer solicitou, ao Supremo Tribunal Federal (STF), que anule o indiciamento apresentado pela Polícia Federal. Temer foi acusado, junta a outras 10 pessoas, no inquérito dos Portos.
O processo em questão trata da edição de um decreto que alterou regras do setor portuário. A abertura foi pedida pela procuradoria-geral da República (PGR) ainda na gestão de Rodrigo Janot. A empresa Rodrimar, que atua no porto de Santos, teria sido a beneficiada. O presidente foi indiciado por por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Para os advogados, no entanto, “chamou a atenção a decisão da autoridade policial de proceder diretamente o indiciamento do requerente, sem qualquer autorização de vossa excelência, ou mesmo pedido neste sentido por parte a Douta Procuradoria-Geral da República, usurpando a competência exclusiva desta Suprema Corte”.
A defesa considera que “está claro, pois, que a autoridade policial não dispõe de competência para formalização de ato de indiciamento contra o requerente, o qual, por isso mesmo, deve ser tornado sem efeito de forma imediata”.
Veja os indiciados:
- Michel Temer – presidente da República;
- Rodrigo Santos da Rocha Loures – ex-assessor do Planalto;
- Antônio Celso Grecco – executivo da Rodrimar;;
- Ricardo Conrado Mesquita – executivo da Rodrimar;
- Gonçalo Borges Torrealba – um dos sócios do grupo Libra;
- João Baptista Lima Filho – ex-coronel da PM e amigo do presidente;
- Maria Rita Fratezi – mulher do coronel Lima;
- Carlos Alberto Costa – sócio do coronel Lima na Argeplan;
- Carlos Alberto Costa Filho – sócio do coronel Lima na AF Consult;
- Almir Martins Ferreira – contador da Argeplan;
- Maristela de Toledo Temer Lulia – filha de Temer.
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