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Defesa divulga nota após Múcio falar em “constrangimento”

Vinte e três militares foram denunciados pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet

Pleno.News - 19/02/2025 11h38 | atualizado em 19/02/2025 12h15

Ministro da Defesa, José Múcio Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Defesa divulgou uma nota, nesta quarta-feira (19), em que afirma que a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas no inquérito do golpe – sendo 23 militares – é importante para “distinguir” as condutas individuais e das Forças Armadas.

O Ministério da Defesa informa que a denúncia da Procuradoria-Geral da República é importante para distinguir as condutas individuais e a das Forças Armadas. A avaliação do ministro José Mucio Monteiro é de que a apresentação da denúncia é mais um passo para se buscar a responsabilização correta, livrando as instituições militares de suspeições equivocadas – diz a nota.

Nesta terça (18), o ministro José Múcio Monteiro afirmou que há um constrangimento entre os militares pela denúncia.

– É o que estávamos esperando, há um constrangimento mas o bom é que isso acaba – disse Múcio a jornalistas pouco antes de um jantar no Ministério das Relações Exteriores oferecido ao presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.

DENÚNCIA DA PGR
Gonet denunciou nesta terça-feira (18), Bolsonaro e outras 33 pessoas no inquérito do golpe. Após analisar as provas reunidas pela Polícia Federal (PF), que indiciou o ex-presidente, Gonet concluiu que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento do plano golpista como liderou as articulações para dar um golpe de Estado.

Se for condenado, o ex-presidente pode pegar mais de 43 anos de prisão.

DEFESA DE BOLSONARO
A defesa do ex-presidente afirmou que as acusações são precárias e que não há provas contra ele.

– Nenhum elemento que conectasse minimamente o presidente à narrativa construída na denúncia foi encontrado – diz a manifestação.

Bolsonaro é apontado como líder de uma organização criminosa “baseada em projeto autoritário de poder” e “com forte influência de setores militares”.

– A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático – diz um trecho da denúncia.

LULA E MINISTROS
Na manhã desta quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ministros do governo evitaram comentar sobre a denúncia. O petista e os chefes das pastas foram questionados sobre o tema, mas preferiram ficar em silêncio.

*AE

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