Ana Luiza Menezes - 30/04/2025 17h59 | atualizado em 30/04/2025 19h09

Nesta quarta-feira (30), a defesa da idosa Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, emitiu uma nova nota à imprensa. No texto, os advogados destacam que foi feita uma nova denúncia formal à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), relatando graves violações aos direitos humanos por parte de agentes estatais.

Adalgiza está presa desde janeiro de 2023 na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, pelos atos do 8 de janeiro de 2023.

A defesa destaca que Adalgiza sofre negligência médica, tendo relatado dores intensas após uma queda ocorrida em abril de 2024, sem qualquer atendimento adequado.

– Há ainda fortes indícios de falsidade em laudo médico elaborado no presídio, supostamente assinado por profissionais que não estiveram presencialmente com a custodiada. Também foi relatado episódio de coação psicológica, quando a detenta foi pressionada a assinar documentos sem a presença de sua defesa. Além disso, a custodiada encontra-se em cela superlotada, exposta a riscos físicos e emocionais graves, dividindo espaço com detentas de perfil violento e portadoras de distúrbios psiquiátricos – diz a nota.

De acordo com os advogados, a denúncia “se fundamenta na Convenção Americana de Direitos Humanos, na Convenção Contra a Tortura e nas Regras de Mandela da ONU, e solicita à CIDH a adoção de medidas cautelares urgentes, entre elas a reavaliação médica independente, realocação de cela e apuração rigorosa das condutas denunciadas”.

Adalgiza Denuncia OEA 30.04.2025.2

ADALGIZA MAUS TRATOS COLMEIA 23.04.2025

ADALGIZA RELATORIO FRAUDE 16.04.2025

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