Defesa de idosa presa pelo 8/1 reage após ordem de Moraes
Ministro determinou que junta médica do presídio ateste quadro de saúde de Adalgiza
Pleno.News - 15/04/2025 20h04 | atualizado em 16/04/2025 11h31

A defesa de Adalgiza Dourado, que está presa pelos atos do 8 de janeiro, se manifestou após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinar que uma junta médica da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, terá que atestar o estado de saúde da idosa.
Por meio de nota, os advogados dizem que “causa perplexidade o fato de que a avaliação determinada será realizada pelo próprio sistema de saúde do presídio”.
Adalgiza sofre de depressão grave. Ela possui histórico de pensamentos suicidas e não tem recebido atendimento psiquiátrico ou psicológico dentro da unidade prisional. De acordo com a defesa, sua vida está em risco iminente.
Na última quarta-feira (9) os advogados de Adalgiza, Luiz Felipe Pereira da Cunha, Navaroni e Tanieli, ingressaram com pedido de prisão domiciliar humanitária.
Adalgiza cumpre pena na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Ela recebeu como pena 16 anos e seis meses de prisão. A idosa foi presa no dia 8 de janeiro de 2023, dentro do Palácio do Planalto, e chegou a ser liberada da prisão, sob a condição de que usasse a tornozeleira eletrônica, mas voltou a ser presa, em junho de 2024, em decisão que foi justificada pelo ministro Alexandre de Moraes, com o “fundado receio de fuga da ré”.
A idosa foi condenada pelos crimes de associação criminosa armada, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração do patrimônio tombado. Sua condenação já transitou em julgado.
– Esperamos que o laudo a ser emitido reflita, com fidelidade e responsabilidade, o verdadeiro e crítico estado de saúde da sra. Adalgiza, sem acobertamentos ou omissões – dizem os advogados de Adalgiza.
DENUNCIA ADALGIZA OEA 15.04.2025
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