Defesa de Daniel Silveira aponta “machismo” por parte de Moraes
Ministro determinou o bloqueio das redes sociais da esposa do parlamentar, Paola da Silva
Thamirys Andrade - 30/08/2022 17h04 | atualizado em 30/08/2022 18h31
Em ofício enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes nesta terça-feira (30), a defesa do deputado Daniel Silveira afirma que o magistrado agiu com machismo ao instituir medidas contra a esposa do parlamentar, a advogada Paola da Silva. O ministro determinou, na última quinta-feira (25), o bloqueio das redes sociais de Paola da Silva após o deputado usar as mídias da esposa para publicar um de seus vídeos.
– A decisão [de Moraes] foi proferida sob influência clara de um machismo estrutural que julga as mulheres como meros acessórios, que o eminente relator [Moraes] diz combater – declara a advogada de Silveira, Mariane Andréia Cardoso.
Mariane destaca que o ministro não havia incluído Paola no processo anteriormente, nem a intimado. Segundo ela, o ministro cometeu três violências contra Paola:
– Violência institucional pela violação de seus direitos como cidadã; violência profissional ao ter suas prerrogativas de advogada violadas; e violência de gênero ao ter sua situação legal julgada simplesmente em razão da sua posição de mulher ao lado de um homem que é perseguido política e institucionalmente, sem ser sequer intimada de qualquer decisão – afirmou a advogada.
A defesa pede que seja revista a decisão do bloqueio das redes de Paola.
– Nem sequer foi dada a ela a oportunidade de integrar a relação processual por representação de um advogado – dizem os advogados.
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