De volta à política, Geddel Vieira Lima manifesta apoio a Lula
Ex-ministro foi preso em 2017 após descoberta de R$ 51 milhões escondidos em um apartamento em Salvador
Pleno.News - 02/07/2022 13h10 | atualizado em 02/07/2022 13h11

De volta à cena política após a prisão, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, cacique do MDB baiano, em evento de lançamento de pré-candidaturas do partido em Salvador, defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que seus adversários vão ter de engoli-lo, lembrando frase do ex-técnico da seleção brasileira, Zagallo.
Em vídeo que circula nas redes, Geddel aparece com correligionários no evento que contou com a presença do candidato ao governo Jerônimo Rodrigues, do PT, partido com o qual o MDB baiano fez aliança. O ex-ministro foi preso em 2017 após descoberta de R$ 51 milhões em espécie escondido em um apartamento na capital baiana.
Escárnio…🙆🏻♀️
Geddel Vieira, Ex-ministro do PT durante lançamento de chapa do MDB com o PT ontem em Salvador.
Geddel foi CONDENADO pelo STF depois que a PF encontrou R$ 51 milhões no seu apartamento em Salvador, mas foi para o semiaberto após autorização do Ministro Fachin. pic.twitter.com/FM3EYrefGG
— Elisa Brom (@brom_elisa) July 2, 2022
O MDB e o PT já foram aliados durante o primeiro mandato do ex-governador Jaques Wagner (PT), mas o acordo foi rompido em 2010, quando Geddel decidiu sair ao governo. Também foi ministro de Lula e vice-presidente da Caixa durante o governo Dilma.
– Resolvemos tomar uma aliança anterior pela convicção de Jerônimo e Geraldo, Geraldo e Jerônimo podem representar, junto com o ex-presidente Lula, a quem tive o privilégio, a honra de servir, como seu ministro, um novo caminho, a retomada de um caminho de esperança e de olhar para os que mais precisam – disse Geddel.
Sem citar nomes, ele aproveitou, ainda, para criticar o principal adversário do PT baiano, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), e o “menino”, referindo-se a Bruno Reis (União Brasil), atual gestor da cidade.
– Vamos, por exemplo, falar do adversário nosso tido como o mais forte, o ex-prefeito e seu menino, o prefeito. Para ficar bastante claro, não reconheço na Bahia e não reconheço no Brasil ninguém com autoridade política ou moral para apontar o dedo para o calvário que eu tenho enfrentado – apontou.
Geddel disse, também, que ninguém cassará sua coragem e que terão de engoli-lo.
– Falem o que quiserem. Mas não vão cassar a minha cidadania, e não vão cassar porque não nasceu ainda nem na Bahia nem no Brasil ninguém para cassar a minha coragem. Fica aqui essa mensagem. Os que quiserem explorar, o c*****, que o façam. Eu vou lembrar do velho Zagallo: eles vão ter que me engolir – finalizou.
*AE
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