Damares sobre ato de indígenas: “Não dá pra concordar”
Ministra afirmou que as cenas dos ativistas queimando caixões lhe causaram "muita tristeza"
Thamirys Andrade - 27/08/2021 14h46 | atualizado em 27/08/2021 15h47
Nesta sexta-feira (27), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou não conseguir concordar com o protesto de ativistas indígenas que atearam fogo em caixões de papelão diante do Palácio do Planalto, em ato contra o Marco Temporal. De acordo com a ministra, as cenas lhe causaram “muita tristeza”.
Na avaliação de Damares, o grupo pode estar sendo “usado” de forma política, enquanto há tribos precisando de ajuda com “comida, saúde e educação”. Nas redes sociais, ela fez um contraste do protesto com os momentos que ela presenciou durante seus trabalhos em comunidades indígenas.
– Ontem eu estava em Douradosa em uma ação para proteger mulheres e crianças indígenas. O que vi lá foi fome, desnutrição, falta de água potável, falta de escolas. O que vi lá foi o resultado de anos de abandono e descasos com os indígenas. Aí hoje vejo esta cena: mais de 2 mil índios na Esplanada dormindo em barracas, expostos inclusive à Covid, para protestos “democráticos” – iniciou a ministra.
Damares prosseguiu questionando se há organizações e partidos por trás do ato e aconselhou-os a enviar ajuda “verdadeira” às tribos.
– A pergunta é: quem financia estes atos “democráticos”? Quem está pagando toda esta conta? De onde vem o dinheiro? Se tem ONGs por trás, se tem estrangeiros, partidos por trás, fica aqui um recado: se querem mesmo ajudar os indígenas levem comida, saúde e educação para eles e não os usem desta forma. Temos crianças indígenas morrendo comidas por bichos de pé, muitas desnutridas precisando de socorro. Então ajudem de verdade as comunidades – escreveu.
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