Ana Luiza Menezes - 08/09/2019 20h08 | atualizado em 08/09/2019 21h10

A ministra Damares Alves se pronunciou a respeito de um comentário ofensivo contra o menino que “pegou carona” no carro do presidente Jair Bolsonaro durante o desfile de celebração pelo Dia da Independência do Brasil, realizado no sábado (7). Em suas redes sociais, ela repudiou o conteúdo publicado em nome do portal G1.

Na postagem, Damares classificou o episódio como inadmissível.

– Estamos lutando para proteger e defender crianças no Brasil, aí vem um órgão de imprensa inconsequente e ataca um menino publicamente de forma inaceitável O menino foi submetido a constrangimento e humilhação pública. Chega de ataques às crianças no Brasil – declarou.

Ela destacou ainda que medidas contra o portal serão avaliadas.

– O menino foi exposto publicamente por um órgão de imprensa. Já solicitei a secretaria dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e a nossa assessoria jurídica que estude que medida poderá ser tomada – disse.

ENTENDA O CASO
Ivo Cezar Gonzaga, de 9 anos, subiu no carro após um convite feito pelo próprio Jair Bolsonaro. Ele estava correndo no gramado tentando acompanhar o Rolls-Royce quando foi chamado pelo presidente.

O G1 publicou uma matéria sobre Ivo, mas acabou tendo que explicar a origem de um comentário ofensivo feito contra o menino que desfilou no carro oficial de Bolsonaro. A confusão aconteceu após a publicação de uma matéria sobre a criança, que definiu o momento como “melhor desfile de todos.”.

Ao compartilhar a matéria no Facebook, um comentário de ataque ao garoto foi publicado em nome do G1. A situação foi alvo de críticas e piadas de vários usuários da rede social.

– Moleque imbecil, vai se alfabetizar – escreveu o autor da mensagem postada pelo perfil do portal.

O G1 emitiu uma nota para repudiar o ocorrido. Porém, a pessoa que publicou o comentário não foi exposta.

– A conta do G1 foi indevidamente utilizada para um comentário ofensivo sobre o menino que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro no desfile de 7 de setembro. O G1 repudia o uso de sua conta e anuncia que vai investigar o ocorrido e tomar as medidas cabíveis – informou o texto.

A mensagem ofensiva acabou excluída, mas várias pessoas registraram a postagem. Entre os que reclamaram do caso estava o ministro da Educação, Abraham Weintraub.

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