Damares nega pedido de anistia feito pelo Partido Comunista
Solicitação foi apresentada pelo PCB em 2012 e alegava perseguição política no governo militar
Henrique Gimenes - 23/08/2021 16h12 | atualizado em 23/08/2021 16h51

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, negou um pedido de anistia, feito pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), de reparação por uma perseguição ocorrida durante o governo militar. A solicitação foi feita ao governo em 2012.
No documento, o PCB, que foi fundado em 1922, pedia uma reparação material do Estado e alegava que, se não fosse por uma “perseguição política” aos comunistas e [pela] morte de lideranças, seria um dos “expoentes da política brasileira”.
A ministra, no entanto, negou a solicitação usando como base o relatório sobre o caso dado por Tarcísio Dalcin, coronel reformado da Força Aérea Brasileira, durante uma reunião do Conselho da Comissão de Anistia. O relator também indeferiu o pedido do PCB.
À coluna Radar, da revista Veja, o presidente nacional do PCB, Edmilson Costa, criticou a decisão.
– Nós tivemos um terço do nosso comitê central assassinado; tivemos mais de 2.000 pessoas presas durante a ditadura […] Não se pode esperar nada do governo Bolsonaro – destacou.
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