Henrique Gimenes - 05/05/2022 18h05 | atualizado em 05/05/2022 20h02

Pré-candidata ao Senado pelo Distrito Federal (DF), a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, comentou o caso de uma menina yanomami de 12 anos de idade que teria sido estuprada e morta por garimpeiros em Roraima. Em entrevista ao portal Uol nesta quinta-feira (5), Damares lamentou o episódio, disse que o caso não é isolado e que ela ficou chocada.

A ex-ministra explicou que já levantou o debate sobre a questão do estupro de crianças em áreas indígenas e lembrou outro episódio ocorrido em agosto do ano passado, quando uma menina indígena de 11 anos sofreu um estupro coletivo e foi morta após ser jogada de um penhasco.

– O estupro dessa menina nos chocou como nos chocou o estupro da menininha lá entre os Guarani Kaiowá. Infelizmente, esse não é um caso isolado e a gente tem que se levantar como um todo no enfrentamento à violência contra meninas e mulheres indígenas – apontou.

Damares disse ainda que garimpos já atuam há anos em terras indígenas e que há outros casos de violência.

– Esse caso traz a questão do garimpo, mas quero lembrar que os garimpos estão em terras indígenas há mais de 70 anos, de forma irregular, e são muitas as violências. Esse caso dessa menina causou essa repercussão toda, e isso é muito bom porque a gente ainda vai conversar sobre violência sexual contra crianças indígenas. A gente não pode ser pautada por um só caso. Lamento, mas acontece todo dia – destacou.

Leia também1 Anitta fala em "fazer um ebó" para se proteger de pastores
2 STF manda associação explicar financiamento de motociata
3 Governo nega conselho da CIA: "Não recebemos recados"
4 Tarcísio diz ter discordado de Bolsonaro sobre a vacina
5 Bolsonaro vai à Paraíba e ganha abraços calorosos de crianças