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Damares: “É o momento de a igreja ocupar a nação”

Ministra também afirmou que sua fé a faz ser cada vez melhor

Henrique Gimenes - 28/02/2020 20h39 | atualizado em 29/02/2020 10h01

Ministra Damares Alves Foto: Pleno.News

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, considera que o momento atual é propício para a igreja “ocupar a nação”. De acordo com ela, as igrejas possuem um “excelente trabalho social” e podem “colaborar com a transformação” do Brasil. A declaração foi dada durante uma entrevista à agência DW publicada nesta sexta-feira (28).

No escritório da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, Damares falou sobre diversos assuntos, como a questão dos direitos humanos, das políticas do governo para a Amazônia e sobre a questão LGBTI.

Ao ser questionada sobre o papel da igreja no país, a ministra elogiou a atuação social das instituições e defendeu que esse “é o momento de a igreja ocupar a nação, sim”.

A igreja tem um excelente trabalho social e pode ajudar muito mais o Brasil. É a igreja colaborar com a transformação da nação. Eu tenho um déficit no meu ministério, que é a falta de casas de abrigo para mulheres vítimas de violência. Os Estados não têm, os municípios não têm. Mas muitas igrejas têm um monte de salas fechadas que só abrem no domingo para meia hora de aula. Por que essa igreja não faz uma parceira conosco cedendo o seu espaço físico para abrigar mulheres vítimas de violência? A igreja também pode nos ajudar com a interiorização dos venezuelanos. As igrejas evangélicas podem vir conosco. Nós temos uma grande denominação no Brasil, que é a igreja Assembleia de Deus, que tem mais de 40 mil templos. Se cada igreja trouxesse um venezuelano e cuidasse, nós resolveríamos o problema da fronteira – explicou.

Damares também foi questionada sobre possíveis conflitos entre sua fé e o trabalho no governo.

Em momento nenhum. Quem está ali é uma gestora ativista de direitos humanos que chegou a ser ministra por causa da sua história na defesa dos direitos humanos no Brasil. Não tem nenhum ato meu como ministra que tenha algum ingrediente religioso. Mas a minha fé me impulsiona a ser uma ministra cada vez melhor. Eu aprendi com a minha fé a amar o próximo como a si mesmo, dar a vida pelo próximo. E é o que eu tenho feito todos os dias – destacou.

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