Gabriela Doria - 11/10/2019 14h31 | atualizado em 11/10/2019 15h02

A ministra Damares Alves foi a convidada do programa Pânico, da rádio Jovem Pan, nesta sexta-feira (11). Questionada sobre o que seria mais urgente a ser combatido no país, ela foi veemente ao dizer era o combate à violência.

– O maior problema da família, hoje, é a violência contra a criança, a mulher e o idoso. Por isso temos que esquecer das diferenças ideológicas e nos unir diante disso. O resultado está começando, o número de homicídios caiu mais de 20% – apontou.

A ministra também alertou para a violência contra a criança, que tem se intensificado.

– Temos que enfrentar a violência contra a criança. Isto tem se manifestado de formas diversas e absurdas. Todo dia encontro uma modalidade diferente de abuso. E a maior delas é a violência sexual – argumentou Damares.

Questionada se a introdução da educação sexual nas escolas seria uma forma de combater este tipo de violência, Damares concordou, mas fez ressalvas.

– [A educação sexual] é necessária e eu a defendo. Nós não vimos nenhuma declaração minha ou do governo contra a educação sexual. O que eu fui contra era a forma como ela era ensinada nas escolas. Pessoas sem preparo nenhum estavam falando sobre o tema. Tinha muita coisa ruim acontecendo. A educação sexual tem que ser adequada à idade de cada um – defendeu.

A ministra chegou a usar sua própria experiência para mostrar a importância do tema nas escolas.

– Se eu tivesse sido orientada naquela época [do abuso], eu teria gritado. Se eu tivesse me empoderado para me defender, eu teria me defendido. Quando falo em educação sexual, é da forma correta, com o material e a abordagem certos.

Questionada sobre o que seria um modelo ideal de educação sexual, Damares relembrou das aulas no colégio.

– Eu fui aluna de educação sexual aos 12 anos e lidei com isso sendo cristã de uma igreja radical. Lidei com sabedoria. Mas há exageros. Exemplo disso foi quando, em aula, uma menina pegou um pênis de borracha na mão e colocou uma camisinha. Os pais não sabiam que isto aconteceria. É preciso devolver esta responsabilidade aos pais também – declarou.

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