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Damares Alves: “Eu não posso arrancar de mim a minha fé”

Ministra comentou polêmica sobre a sua citação do "azul e rosa"

Natalia Lopes - 04/01/2019 00h54 | atualizado em 04/01/2019 11h50

Damares Alves participa de programa na GloboNews Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (3), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, participou do Jornal das Dez, na GloboNews. Pastora da Igreja Batista da Lagoinha, ela falou sobre a sua fé.

– Estão com medo de uma pastora ministra dos direitos humanos. É como se eu fosse terrível. A mulher é terrível por ser cristã. A partir do momento que eu entro no ministério eu não posso arrancar de mim a minha fé. Ela caminha comigo e eu nunca vou negar a minha fé – declarou.

A ministra também falou sobre como será o seu trabalho sendo o Estado laico.

– Quem está no comando é uma advogada, educadora, defensora dos direitos humanos, uma gestora pública que tem fé e acredita em Jesus Cristo. O Estado é laico e nós vamos respeitar a laicidade. Ninguém está impondo religião. Se eu professasse outra fé teria tanta resistência? Eu sou evangélica porque faço parte de quase 1/3 da população brasileira, que é evangélica – defendeu.

Damares afirmou que irá combater a “doutrinação ideológica” nas escolas Foto: Agência Brasil/Wilson Dias

Damares foi ainda questionada pela jornalista Andréia Sadi se existia algum arrependimento em ter dito que a mulher nasce para ser mãe.

– Toda mulher nasce para ser mãe. No planeta Terra a mulher nasce com útero, ovário e trompas. Toda mulher nasce pronta, mas nem toda mulher quer ser mãe. Quando eu falei aquilo foi para o meu público, foi para um site católico.

Confira outros destaques:

AZUL E ROSA
“De jeito nenhum (me arrependo da declaração). Foi uma metáfora. Temos no Brasil o Outubro Rosa e o Novembro Azul. Quando eu disse que menina veste rosa e menino veste azul, eu quis dizer que vamos respeitar a identidade biológica das crianças. E digo mais, menina é princesa! Podemos chamar meninos de príncipes e isso não traz nenhuma confusão para a criança”.

DOUTRINAÇÃO IDEOLÓGICA
“Vamos combater o abuso da doutrinação ideológica nas escolas. Isso é uma realidade e dizer que não aconteceu é querer tapar o sol com a peneira. O que estava acontecendo era uma grande confusão. Levaram para a sala de aula o debate da teoria de gênero. Não queremos que o debate seja afastado, mas que aconteça na academia e nas universidades”.

PRECONCEITO
“Dá para combater o preconceito sem dizer para a menina que ela não é menina e que o menino não é menino”.

FAMÍLIA
“Os vínculos familiares serão fortalecidos nesta nação porque acreditamos que família é a base da sociedade e tem que ser protegida. Acreditamos que família protegida é nação protegida, nação soberana”.

CONVITE AO CARGO
“Foi uma grande surpresa e adiei por sete dias a resposta ao presidente Bolsonaro. Hoje entendo que foi uma agradável surpresa”.

Presidente Jair Bolsonaro e a ministra Damares Alves Foto: Arquivo pessoal

INFLUÊNCIA DA BANCADA EVANGÉLICA
“Foi nenhuma (influência). Inclusive, pelo que li na imprensa, houve uma certa resistência à indicação do meu nome”.

FEMINICÍDIO
“A proteção da mulher vai começar na infância. Quando você diz que meninos e meninas são iguais, que não há diferença, o menino vai dar porrada na menina porque ela aguenta. Nós temos que falar que menina deve ser tratada como menina. Ela não é uma coitada, frágil, mas ela precisa ser respeitada como menina”.

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