Damares Alves diz que estão arrancando Deus das crianças
Ministra também falou do suicídio infantil
Pedro Ramos - 11/10/2019 16h12 | atualizado em 11/10/2019 16h18

Em entrevista, nesta sexta-feira (11), ao programa Pânico da Jovem Pan, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que sofre preconceito por estar neste cargo e ser evangélica.
A ministra falou que um dos seus maiores desafios é no combate ao suicídio entre crianças e adolescentes, e que as novas gerações não sabem lidar com o conflito e a dor, estão sem identidade e visão do futuro. Um dos motivos é que arrancaram “Deus das crianças” e pediu aos pais que deem mais atenção aos filhos, já que trocaram “o olhar da mãe por um tablet”.
– Nós já temos registro no Brasil de crianças de seis anos se suicidando. (…) A mais jovem que está falando comigo, que está se cortando e quer morrer, tem apenas sete anos (…) E quando você pergunta a essa criança porque está se cortando, porque quer morrer todas falam a seguinte frase: dor na alma – disse a ministra.
Para Damares, o ministério em que chefia tem como prioridade combater a violência, principalmente doméstica, e o país precisa “fazer uma grande revolução cultural”. Também foi defendido que os homens ouçam sobre o tema desde criança.
Sobre a educação sexual ela disse que é favorável, desde que haja diálogo com as famílias, preparo dos professores e o ensino do tema seja adequado a cada faixa etária. Damares afirmou que já viu diversas cartilhas com temáticas que não respeitavam a infância.
– A minha filha recebeu uma cartilha (na escola) que era para crianças a partir de 12 (…) Era uma cartilha para crianças a partir de 12 em que trazia duas mulheres se beijando e lá em baixo (…) ainda estava escrito o seguinte: o objeto de prazer da mulher é a lésbica, é bom que a lésbica use camisinha na língua – declarou a ministra.
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