Damares: ‘Abstinência é usado para desqualificar a proposta’
Ministra afirmou que a ideia do governo é transmitir informação ao jovem
Henrique Gimenes - 24/01/2020 17h31 | atualizado em 24/01/2020 17h44
Nesta sexta-feira (24), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, falou sobre a nova campanha do governo para prevenir a gravidez na adolescência. Em sua conta do Twitter, ela disse que os críticos do programa usam o “termo abstinência” para “desqualificar a proposta”.
Ela comentou uma entrevista que deu à Rádio Gaúcha na manhã desta sexta para tratar do assunto.
– Só usa o termo “abstinência” quem quer desqualificar nossa proposta. Tem nada a ver. Queremos transmitir informação e segurança ao jovem. Dizer que ele não é obrigado a ceder a pressões. Que ele pode esperar estar mais maduro e consciente de si mesmo para tomar a melhor decisão – escreveu.
À rádio, a ministra disse que a proposta é criticada por pessoas que acham que a intenção é “impor uma conduta religiosa moral no Brasil”.
– A crítica toda [à proposta] é que a ministra ‘está querendo impor uma conduta religiosa moral no Brasil’. E começaram a falar da questão da abstinência porque é uma palavra ligada ao contexto religioso. E tentando já desqualificar o que estamos querendo fazer. Nossa intenção é [que seja] apenas um balão de ensaio – explicou.
De acordo com Damares, a ideia é apresentar o tema como um “adiamento” do início da vida sexual para os adolescentes.
– Queremos conversar com os adolescentes no Brasil. Na hora de se apresentar os métodos anticonceptivos, queremos acrescentar mais um. Somente isso (…)”Peraí, não se pode adiar um pouco o início da vida sexual?”. Só queremos conversar com o adolescente, porque não se conversa sobre isso – ressaltou.
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