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Dallagnol rebate declarações de Glenn Greenwald

Em entrevista, procurador defendeu ainda legalidade das investigações da Lava Jato

Ana Luiza Menezes - 29/09/2019 21h20

Deltan Dallagnol Foto: Agência Brasil/Fernando Frazão

Em entrevista à agência de notícias AFP, o Deltan Dallagnol rebateu ataques do jornalista americano, Glenn Greewald, a respeito da operação Lava Jato. O procurador negou que tenha duvidado das provas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

– Isso é mentira. Houve um momento anterior à denúncia, o momento de questionamentos (…) e antes de oferecer a acusação do triplex, elaborei uma série de teses e submeti à equipe uma série de questões, ‘isso está certo?’, ‘isso aqui está bem justificado?’. Isso aconteceu no caso do ex-presidente e em todos os outros casos. A maior prova de que o caso foi consistente é que foi sentenciado com condenação, e essa condenação foi mantida por três juízes independentes da segunda instância e foi mantida em terceira instância – declarou.

Deltan se tornou conhecido por ser o coordenador da maior operação anticorrupção da história brasileira. À AFP, ele defendeu ainda a legalidade dos métodos utilizados na Lava Jato.

Segundo o procurador, o intuito de Glenn, ao divulgar conversas roubadas de telefones de autoridades, é interromper as investigações. Apesar disso, ele disse acreditar que a operação não será anulada.

– Não acredito que a Lava Jato vai ser anulada em massa ou de modo muito amplo. O que mais protege a Lava Jato são os resultados que ela alcançou. Caso se anulem os casos, o que será feito com os mais de 14 bilhões de reais que estão sendo devolvidos aos cofres públicos? – declarou.

Dallagnol afirmou ainda que os interesses de pessoas contra a Lava Jato acontece porque a operação surgiu como um movimento que rompeu e abalou a ação dos criminosos de colarinho branco.

– O mesmo aconteceu na operação Mãos Limpas, na década de 90 na Itália. A partir de um determinado momento, a classe politica conseguiu se rearranjar, se unir e agir contra esse movimento anticorrupção, com, por exemplo, projetos contra supostos abusos de autoridade.

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