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Dallagnol: “Perdi o meu mandato porque eu combati a corrupção”

O ex-procurador da Lava Jato perdeu seu mandato após uma ação movida por partidos de esquerda

Leiliane Lopes - 17/05/2023 17h32 | atualizado em 17/05/2023 18h33

Coletiva de imprensa de Deltan Dallagnol Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Nesta quarta-feira (17), o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) fez uma coletiva de imprensa na Câmara dos Deputados para comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o fez perder o mandato.

Rodeado de colegas parlamentares, o ex-procurador da Lava Jato demonstrou que tem o apoio da oposição e fez questão de fazer uma análise destes meses em que esteve como deputado, após ser eleito com mais de 344 mil votos.

– Eu perdi o meu mandato, porque eu combati a corrupção. Hoje, o sistema de corrupção, os corruptos e os seus amigos estão em festa. Gilmar Mendes está em festa, Aécio Neves está em festa, Eduardo Cunha está em festa, Beto Richa está em festa. (…) É um dia de festa para os corruptos, é um dia de festa para Lula – declarou.

Dallagnol disse que foi “cassado por vingança”, porque “ousei enfrentar o sistema de corrupção”. Em sua defesa, ele deixou claro que não fraudou nenhuma lei, mas quem assim o fez foi o Tribunal que o condenou.

– Foi o Tribunal Superior Eleitoral que fraudou a lei e a Constituição ao criar uma nova inelegibilidade contra a lei e contra o que diz a Constituição – pontuou.

O parlamentar foi cassado nesta terça (16) durante o julgamento de um recurso apresentado por partidos de esquerda que compõem a Federação Brasil da Esperança (PT-PCdoB-PV) no Paraná e, também, pelo PMN.

A ação contestava a legalidade do mandato de Dallagnol sob a alegação de que o parlamentar teria de ter sua candidatura impedida pela ficha limpa na época em que ocorreram as eleições; já que ele, enquanto procurador, tinha processos administrativos tramitando junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).

– Me punir nesse caso é como punir alguém por um crime futuro. Ou pior, por uma acusação que não existe – defendeu-se o agora ex-deputado.

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