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Cúpula do PT defende pacto com ex-rivais “para unir o Brasil”

Partido divulgará carta chamada "Resistência, Travessia e Esperança" em aceno a ex-adversários

Pleno.News - 29/01/2022 13h36 | atualizado em 29/01/2022 13h48

Ex-presidente Lula Foto: EFE/EPA/Mohammed Badra

Em novo aceno ao ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), a cúpula do PT vai divulgar uma carta intitulada “Resistência, Travessia e Esperança”, na qual destaca que o partido quer construir pontes com “aqueles que já estiveram do outro lado”.

A sinalização a antigos adversários aparece na esteira de articulações para que Alckmin, ex-tucano, ocupe a vaga de vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O documento diz que “o momento exige pactos sobre valores necessários para de novo unir o Brasil” e descreve uma “contagem regressiva” até as eleições de outubro.

Apesar de divergências no PT sobre a aliança com Alckmin e com legendas de centro, é de Lula a palavra final.

– E, consciente do seu papel, ele já cumpre a missão, edificando pontes com aqueles que já estiveram do outro lado – destaca um trecho da carta, obtida pelo Estadão/Broadcast.

Na prática, o texto foi preparado para um seminário da liderança do PT na Câmara, que ocorrerá em Brasília, na segunda (31) e terça-feira (1°), e contará com a participação virtual de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff.

O documento leva a assinatura da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; dos líderes na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), e no Senado, Paulo Rocha (PA); do presidente da Fundação Perseu Abramo, Aloizio Mercadante, e do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann.

Nos últimos dias, Lula tem mantido encontros com integrantes de vários partidos que fizeram oposição a seu governo e votaram a favor do impeachment de Dilma.

O ex-presidente também se aproximou da velha guarda do PSDB. Esteve, por exemplo, com o ex-chanceler Aloysio Nunes Ferreira e com o senador Tasso Jereissati (CE). O comando do PT ainda tenta atrair o PSD, comandado por Gilberto Kassab, para a campanha de Lula ao Palácio do Planalto.

RECADOS
O ex-presidente tem mandado recados para a ala mais à esquerda do partido, que critica a possível aliança com Alckmin.

– Espero que o PT compreenda a necessidade de fazer aliança – disse ele nesta quarta-feira (26), em entrevista à rádio CBN Vale, de São José dos Campos.

Líder do partido na Câmara, o deputado Reginaldo Lopes defendeu a dobradinha com Alckmin e disse que o possível apoio à candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ao governo de Minas pode pavimentar o caminho para que a legenda de Kassab também apoie Lula já no primeiro turno.

Até agora, porém, Kassab defende publicamente a candidatura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ao Planalto.

Lopes se diz a favor de “uma aliança ampla”.

– Temos de ter capacidade de buscar aliados, construir uma boa base de governabilidade. E aí eu acho que o Alckmin e o PSD, partido do Kassab, poderiam participar dessa união nacional já no primeiro turno – completou.

Alckmin negocia possível filiação no PSB, que articula uma federação partidária com o PT na eleição deste ano.

DILMA
A participação de Dilma no seminário da cúpula petista ocorre no momento em que Lula tenta se descolar da imagem de que ela integrará eventual novo governo petista. Nesta sexta-feira (28), por exemplo, o ex-presidente disse que Dilma não tinha “jogo de cintura” nem a “paciência que a política exige”. Antes, ele já havia afirmado que, se eleito, não pretende remontar governos passados.

– O tempo passou e tem muita gente nova no pedaço – disse.

Ainda sem um programa de governo definido, o PT vai promover seminários para discutir as ideias do partido em temas como economia e meio ambiente, formação de federações partidárias e agenda legislativa ao longo deste ano eleitoral.

*AE

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