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Para o senador Renan Calheiros, ex-ministro "tripudiou sobre os brasileiros"

Pleno.News - 24/05/2021 19h45

Sessão da CPI da Covid Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou nesta segunda-feira (24), que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deve ser convocado novamente para depor na comissão porque “tripudiou sobre os brasileiros” ao participar de um ato com o presidente Jair Bolsonaro neste domingo, no Rio, sem usar máscara e promovendo aglomerações.

A convocação do general será submetida à votação dos integrantes da CPI, na quarta-feira.

– É importante encaminhar a reconvocação para que não pairem dúvidas de que nós nos consideramos ofendidos – observou Renan.

E continuou.

– O ex-ministro não pode tripudiar sobre a verdade e descaradamente mentir, divagar, não responder, como fez. A própria presença dele na CPI, novamente, é uma sanção, uma demonstração de que a comissão não concorda com esse escárnio – completou o senador.

Em postagem no Twitter, Renan disse que “a procissão no Rio em louvor ao vírus é declaração de guerra ao SUS”.

Nesta terça-feira (25), a CPI da Covid vai ouvir o depoimento de Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”. Mayra é secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério.

O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou, por sua vez, que mudará o procedimento diante de depoentes que mentirem à comissão. Aziz destacou que Pazuello tinha habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para não se incriminar, mas não para mentir.

– A partir de agora, as pessoas que tomarem a decisão de mentir poderão ser presas pela CPI. Não vou ser desmoralizado – afirmou o presidente da comissão em entrevista à Rádio Eldorado, nesta segunda-feira (24).

Além de Pazuello, a cúpula da CPI também quer reconvocar o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para novos esclarecimentos.

A exemplo de Renan, Aziz e o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), criticaram a participação de Pazuello em ato ao lado de Bolsonaro, uma conduta proibida pelo Exército.

– Espero que o Exército brasileiro possa tomar as providências necessárias – disse Aziz.

O regulamento do Exército considera uma transgressão o envolvimento de oficiais da ativa em manifestações políticas sem autorização do comando.

– Eu recomendo que o senhor Pazuello busque novamente um habeas corpus para vir a essa CPI, porque vai precisar – adiantou Randolfe.

*Estadão

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