Henrique Gimenes - 06/11/2017 18h17 | atualizado em 06/11/2017 18h22

O ex-deputado federal, Eduardo Cunha, afirmou, nesta segunda-feira (6), que não recebeu dinheiro da JBS para não fazer um acordo de delação premiada que poderia atingir o presidente Michel Temer. A declaração de Cunha foi dada em um depoimento à Justiça Federal em Brasília.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, da J&F, controladora da JBS, afirmaram em depoimento que teriam intermediado a compra do silêncio de Cunha com o aval do presidente. O diálogo foi pego em uma gravação entregue ao Ministério Publico Federal. Cunha negou o fato e disse que foi uma tentativa forjada da Procuradoria-Geral da República (PGR) para atingir Temer.

– Queriam atribuir isso para justificar uma denúncia que pegasse o mandato do senhor Michel Temer. Prova forjada, deram uma forjada e o senhor Joesley foi o cúmplice dessa forjada. Ele está pagando por isso o preço agora – relatou.

Durante o depoimento, o ex-presidente da Câmara dos Deputados também afirmou que, por ter seus bens bloqueados, está passando por problemas financeiros.

Aos investigadores, Cunha declarou que não participou de nenhum esquema de pagamento de propina e que o doleiro Lúcio Funaro, que fez a acusação em delação premiada, quer “atribuir tudo a ele”.

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