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CPI: Senadora diz que fala de Flávio Bolsonaro foi “machista”

Parlamentar criticou o "desinteresse" das senadoras na CPI da Covid

Pleno.News - 27/04/2021 16h28 | atualizado em 27/04/2021 17h30

Senador Flávio Bolsonaro e senadora Eliziane Gama Foto: Arte/Pleno.News

Na primeira reunião da CPI da Covid, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) acusou o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, de ter se manifestado de forma “machista” ao criticar o que ele definiu como “desinteresse” das parlamentares na comissão. Ambos discutiram durante a sessão que marcou o início dos trabalhos, nesta terça-feira (27).

Flávio não integra a CPI, mas compareceu para defender o governo e criticar a escolha de Renan Calheiros (MDB-AL) para a relatoria.

Crítico da composição do grupo, o filho de Jair Bolsonaro disse que as mulheres não se indignaram com a formação masculina.

– Em primeiro lugar, acho que as mulheres já foram mais respeitadas e mais indignadas. Estão fora da CPI, não fazem questão de estar nela e se conformam em acompanhar o trabalho a distância – afirmou.

Em seguida, Eliziane saiu em defesa das parlamentares. Disse que a indignação não se manifesta apenas “chutando a porta” e que ela mesma, apesar de não ser integrante formal, estará presente em todas as reuniões. Para a senadora, a insinuação do filho de Bolsonaro foi “machista”.

– Além de participar das demais ações, vamos participar também dessa CPI. Quero dizer que eu, Eliziane Gama, e nenhuma dessas senadoras vai admitir ironia machista em relação às mulheres. Estamos aqui, vamos participar ativamente e teremos nosso protagonismo – afirmou a senadora.

Eliziane disse, ainda, que as mulheres vêm manifestando indignação inclusive quanto à ineficiência do governo federal no combate à pandemia.

– Chegar empurrando a porta, batendo o pé na porta, não é a única forma de se indignar. As mulheres têm, aliás, com muita eficiência, se indignando, inclusive agora, em relação a essa inação do governo federal em relação à pandemia – destacou.

Dos 18 titulares e suplentes, não há nenhuma mulher. No dia 16, quando os nomes foram escolhidos pelos partidos, a líder da bancada feminina do Congresso, senadora Simone Tebet (MDB-MS), minimizou o fato de a CPI ser formada apenas por homens.

Ela citou que três senadoras são líderes dos blocos que indicaram os membros e, portanto, foram responsáveis pelas indicações.

– Infelizmente, foi uma coincidência de indicações. A bancada feminina não tem direito à participação de blocos de CPI – disse Tebet na ocasião.

*Estadão

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