CPI: Marcos Rogério apresenta relatório e ‘mira’ governadores
Senador defendeu a atuação do governo federal na pandemia e isentou Jair Bolsonaro de crimes
Pleno.News - 21/10/2021 15h13 | atualizado em 21/10/2021 15h23

Após a leitura do relatório final da CPI da Covid nesta quarta-feira (20), o senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo no Congresso, decidiu apresentar um relatório paralelo ao elaborado por Renan Calheiros (MDB-AL). Para Marcos Rogério, a comissão deve rejeitar o documento de Renan e adotar integralmente o relatório preparado por ele.
O relatório elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) conta com 1.180 páginas e pede o indiciamento de 66 pessoas e de duas empresas. No documento, Bolsonaro é citado por uma dezena de crimes, entre eles crime contra a humanidade, charlatanismo, violação de direito social e prevaricação.
No voto separado de Marcos Rogério, no entanto, o senador rejeita as acusações contra Bolsonaro e ainda defende a atuação do governo federal no combate à pandemia. Além disso, pede que o documento seja enviado ao Ministério Público Federal (MPF), à Polícia Federal (PF) e à Controladoria Geral da União (CGU), “para que avaliem a necessidade de investigação no âmbito dos estados, [do] Distrito Federal e [dos] municípios“.
Para Marcos Rogério, a CPI sempre tentou atacar o presidente da República, em um “claro jogo político e eleitoral”.
– O foco da maioria dos membros [da CPI] sempre foi atacar o presidente da República, num claro jogo político e eleitoral. Porém, as narrativas criadas pela oposição para enfraquecer e condenar o governo federal não foram sustentadas em provas, não restando comprovado em atos, ou omissões ilegais praticados por autoridades e servidores da Administração Pública Federal no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus – destacou.
Em seu voto, o senador também falou sobre o tratamento precoce.
– [Se a CPI] realmente considera que a cloroquina ou a hidroxicloroquina realmente causaram mortes de pacientes da COVID-19, [é] imperativo que se inclua no indiciamento todos os governadores e prefeitos que distribuíram tais medicamentos para suas populações, o que não ocorreu somente no início de 2020, como se alega – apontou.
A votação do relatório está marcada para a próxima terça-feira (26).
O voto em separado de Marcos Rogério pode ser visto aqui.
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