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CPI: Franco diz que imunidade de rebanho nunca foi discutida

Ex-secretário-executivo da Saúde também rebateu declarações de Fabio Wajngarten

Pleno.News - 09/06/2021 13h47 | atualizado em 09/06/2021 16h43

Ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Antônio Elcio Franco Filho Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco negou, durante depoimento à CPI da Covid no Senado, que a pasta tenha tratado da chamada imunidade de rebanho, teoria de contaminação em massa, como estratégia de imunização da população contra a Covid-19.

– Nunca se discutiu, na área técnica do ministério, entre os secretários e o ministro essa ideia de imunidade de rebanho. Não se visualizava isso. Tínhamos noção da gravidade da pandemia e, assim como a Influenza, imaginávamos que teríamos que ter campanhas anuais de vacinação – afirmou.

Elcio Franco também rebateu as declarações do ex-secretário de Comunicação e empresário Fabio Wajngarten e disse, durante depoimento à CPI, que não houve “nem incompetência, nem ineficiência” no Ministério da Saúde.

Em entrevista à revista Veja, Wajngarten usou os adjetivos para qualificar o trabalho da pasta e justificar ter intermediado os contratos de aquisição de vacinas contra a Covid-19 entre o governo federal e a farmacêutica.

– Deve ter sido percepção dele, mas não foi o que aconteceu – disse Franco.

Para o ex-secretário do Ministério da Saúde, entre os motivos para a demora em fechar o acordo com a Pfizer estão certas “cláusulas muito restritas” impostas pela farmacêutica, dificuldades com os termos da proposta e a falta de “garantia de sucesso da vacina”.

– Lembro que as exigências da Pfizer eram de ativos no exterior, como o prédio de uma embaixada, fundo garantidor, arbitragem em Nova York, sem penalidades para atrasos na entrega de imunizantes, pagamento adiantado, isenção completa para eventos adversos, projeto de lei e assinatura pelo presidente da República – relatou Franco.

De acordo com o ex-secretário, o Ministério da Saúde esteve sempre negociando com a farmacêutica soluções logísticas e jurídicas.

Sobre as 53 correspondências eletrônicas que não tiveram resposta do Ministério da Saúde, o ex-secretário da Saúde disse que os contatos por e-mail foram prejudicados, em uma ocasião, por ataque hacker e, em outras, houve conversas por videoconferência, contato telefônico e e-mail de resposta.

CONSÓRCIO COVAX

Segundo Franco, entre os motivos para a contratação do percentual mínimo previsto de doses do Consórcio Covax, para imunização de 10% da população do país, estão a contratação de outros imunizantes.

– Considerando que, para a Influenza. temos aquisição de cerca de 90 milhões de doses por ano, já tínhamos garantido de certa forma 256 milhões de doses – afirmou.

O ex-secretário disse que a decisão coube a ele, a técnicos do ministério e ao ex-ministro Eduardo Pazuello, bem como à equipe jurídica e à assessoria internacional.

*Estadão

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