CPI dos Maus-Tratos aprova condução coercitiva de artista
Comissão do Senado também aprovou a condução do curador da exposição Queermuseu
Henrique Gimenes - 09/11/2017 15h54 | atualizado em 09/11/2017 17h11
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maus-Tratos no Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (8), a condução coercitiva do artista Wagner Schwartz, responsável pela performance na exibição La Bête. Em um vídeo, o coreógrafo aparece nu e tem seu corpo tocado por uma menina. O curador da exposição Queermuseu, Gaudêncio Fidélis, também teve o requerimento de condução coercitiva aprovado.
Os dois haviam sido convocados, mas não responderam aos convites para comparecer à CPI, que tem por objetivo investigar casos de maus-tratos contra crianças e adolescentes no Brasil.
A exposição La Bête aconteceu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Já a exposição Queermuseu foi cancelada pelo Santander, em Porto Alegre, após acusações de zoofilia e pedofilia em suas obras.
A CPI também aprovou a criação de um grupo de trabalho para elaborar mecanismos para identificar e punir quem compra material pela internet, cujo conteúdo envolva maus-tratos de crianças e adolescentes. Será composta por integrantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Secretaria da Receita Federal, Banco Central do Brasil, Ministério Público, Safernet e Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS).
O presidente da comissão, senador Magno Malta (PR-ES), afirmou que as audiências contribuíram para a formulação de proposições legislativas que visam proteger crianças e adolescentes, além da elaboração de políticas públicas.
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