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CPI consegue 27 assinaturas para prorrogação, diz Randolfe

Trabalhos do colegiado iriam durar até o dia 7 de agosto, mas devem durar mais 90 dias

Pleno.News - 28/06/2021 21h54 | atualizado em 29/06/2021 10h14

Cúpula da CPI da Covid Foto: Agência Senado/Edilson Rodrigues

O pedido de prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid no Senado já tem as 27 assinaturas necessárias para estender o prazo da comissão por mais 90 dias. A informação foi dada nesta segunda-feira (28) pela assessoria do vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que apresentou mais cedo o requerimento pela prorrogação.

Com o prazo inicial de 90 dias, a comissão está programada para encerrar no dia 7 de agosto. Para estender esse prazo, segundo o Regimento do Senado, o requerimento tem que ter a assinatura de um terço dos membros da Casa (os 27 senadores), ser comunicado por escrito à Mesa Diretora, lido em plenário e publicado no Diário Oficial do Senado.

No pedido apresentado mais cedo, Randolfe afirmou que o prazo atual seria insuficiente e afirmou ser “imperativo” prorrogar as atividades. Ele lembrou que o colegiado tem “desvendado esquemas de corrupção e de favorecimento” de determinadas empresas com recursos destinados ao combate à pandemia da Covid-19.

– Servidores sofreram pressões não republicanas para flexibilizar a importação da Covaxin. Depoentes apontaram que até o presidente da República foi alertado das irregularidades e, ao invés de apurá-las, as creditou ao próprio líder do governo da Câmara dos Deputados. É um escândalo que precisa ser apurado com a gravidade correspondente – afirmou Rodrigues.

Como mostrou o Broadcast Político, a CPI quer investigar uma ligação do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), com a compra de outras vacinas pelo Ministério da Saúde, além da Covaxin. Nos três casos, o quadro é parecido: vacinas mais caras compradas de laboratórios internacionais por meio de intermediários no Brasil, com supostos elos com o líder do governo.

A nova linha de apuração é discutida após os depoimentos do deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF) e do servidor Luis Ricardo Miranda, irmão do parlamentar, na última sexta-feira (25). Luis Claudio Miranda disse ter ouvido do presidente Jair Bolsonaro o nome de Ricardo Barros quando o alertou sobre um suposto esquema de corrupção na compra da vacina indiana Covaxin.

Barros nega irregularidades.

No requerimento, Randolfe também citou que existem “inúmeras provas” sobre omissões e ações deliberadas em torno de estratégias como a de imunidade de rebanho, a promoção de tratamentos ineficazes e “boicotes” às medidas não farmacológicas de enfrentamento à Covid-19, como o uso de máscaras e o distanciamento social.

Assinam o requerimento pela prorrogação dos trabalhos da CPI, além do senador Randolfe Rodrigues, os seguintes senadores:
Jorge Kajuru (Podemos-GO),
Izalci Lucas (PSDB-DF),
Omar Aziz (PSD-AM),
Eliziane Gama (Cidadania-MA),
Fabiano Contarato (REDE-ES),
Weverton (PDT-MA),
Flávio Arns (PODEMOS-PR),
Mara Gabrilli (PSDB-SP),
Alessandro Vieira (Cidadania-SE),
Zenaide Maia (PROS-RN),
Tasso Jereissati (PSDB-CE),
Plínio Valério (PSDB-AM),
Otto Alencar (PSD-BA),
Chico Rodrigues (DEM-RR),
Oriovisto Guimarães (PODEMOS-PR),
Leila Barros (PSB-DF),
Jaques Wagner (PT-BA),
José Serra (PSDB-SP),
Renan Calheiros (MDB-AL),
Paulo Paim (PT-RS),
Humberto Costa (PT-PE),
Paulo Rocha (PT-PA),
Rogério Carvalho (PT-SE),
Jean Paul (PT-RN),
Veneziano (MDB-PB),
Simone Tebet (MDB-MS).

*AE

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