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CPI cita o Vaticano, e senador faz deboche de ‘convocação’ do papa

Senadores citaram o pontífice durante discussão sobre envolvimento da Senah na negociação de vacinas

Paulo Moura - 15/07/2021 15h33 | atualizado em 15/07/2021 16h55

Papa Francisco Foto: EFE/EPA/ANGELO CARCONI

É bastante notório que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid aborda, com certa frequência, assuntos aleatórios e que possuem pouca ou nenhuma relação com os fatos que, supostamente, deveriam ser investigados pelo colegiado. De citações sobre atriz pornô a possível depoimento da ex-esposa de Pazuello, a CPI tem virado praticamente um “circo de absurdos”.

O assunto incomum da vez foi no campo religioso. Durante o depoimento do representante da Davati Medical Supply no Brasil, Cristiano Carvalho, nesta quinta-feira (15), os parlamentares citaram o Vaticano e o papa Francisco durante um questionamento a respeito da relação da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah) com a compra de vacinas da AstraZeneca.

Tudo começou quando a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) perguntou a Carvalho o motivo de a Senah estar envolvida na negociação dos imunizantes. O representante da Davati então respondeu que teria ouvido do PM Luiz Paulo Dominghetti, que também se apresentou como representante da empresa, que a compra teria sido apoiada pelo Vaticano.

– O Dominghetti me respondeu, abre aspas, vou deixar até claro que há devido exagero, que a compra das vacinas teria sido apoiada pelo Vaticano e a Senah – disse Carvalho.

Diante dos insistentes questionamentos de Eliziane a respeito da relação do Vaticano com a negociação, o que Carvalho disse não saber responder, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) debochou da questão e perguntou se o pontífice não seria convocado para depor no colegiado.

– Espero que não queiram convocar o papa, não é? – ironizou.

As alusões ao papa e ao Vaticano na CPI, porém, não terminaram por aí; elas voltaram horas depois, em uma crítica feita pelo senador Jorginho Melo (PL-SC) ao representante da Davati sobre a inclusão do tema no depoimento. Em sua fala, Melo chamou de “bobajada” a citação à sede da Igreja Católica.

– O senhor falou aqui do Reverendo [Amilton Gomes de Paula, dirigente da Senah que teria participado da negociação da vacina da AstraZeneca], citou o Vaticano… Isso é uma bobajada! É uma tentativa de um golpe [em] que deu tudo errado! Só falta o senhor querer que nós convidemos o papa Francisco. Ele está se recuperando de uma cirurgia. Não pode vir! A CPI não pode estar brincando com isso! – completou.

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