CPI: Carlos Wizard nega gabinete paralelo e usa direito ao silêncio
Empresário avisou que não responderá as perguntas dos senadores
Thamirys Andrade - 30/06/2021 12h06 | atualizado em 30/06/2021 13h18
Nesta quarta-feira (30), o empresário Carlos Wizard fez um breve discurso no início de seu depoimento à CPI da Covid, negando ter participação no “gabinete paralelo”, um suposto grupo de aconselhamento extraoficial ao presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia. Em seguida, Wizard avisou que reservaria para si o direito de permanecer em silêncio e que não responderia as perguntas dos senadores.
O silêncio do empresário é amparado pela decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal. Ainda assim, os senadores afirmam que seguirão fazendo questionamentos. Wizard é o primeiro depoente a usar integralmente o direito concedido pela Suprema Corte.
O relator da CPI, Renan Calheiros, declarou que, diante da recusa de Wizard de se manifestar, a CPI deve manter o passaporte do empresário apreendido. O documento foi confiscado após Wizard não comparecer ao depoimento marcado no Senado para o dia 17 de junho. O empresário afirma que estava em Utah, nos Estados Unidos, visitando os pais, e que, em seguida, viajou até a Flórida para acompanhar a filha grávida.
Carlos Wizard chegou nesta manhã ao Senado carregando consigo um cartão no qual estava escrita a referência bíblica ISAÍAS 41:10, que diz: “Não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus. Eu o fortalecerei e o ajudarei; eu o segurarei com a minha mão direita vitoriosa”.