CPI: Barros, líder do governo, entra na lista de investigados
Renan Calheiros fala em "óbvios indícios" contra o deputado
Pleno.News - 18/08/2021 11h09 | atualizado em 18/08/2021 11h39
O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), foi incluído formalmente no rol de investigados pela CPI da Covid, afirmou nesta quarta-feira (18) o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL).
A decisão foi tomada após o colegiado ouvir Barros num depoimento, no qual o líder do governo discutiu com integrantes da CPI. Segundo o relator, a decisão se dá em razão de “óbvios indícios” da participação de Barros em “rede criminosa que tentava vender vacinas”.
– Óbvios indícios de sua participação nessa rede criminosa que tentava vender vacinas através de atravessadores, comprometendo muitas vezes setores de sua própria família e fazendo com que país perdesse oportunidade de comprar vacina na hora certa – disse Calheiros ao chegar ao Senado para mais uma sessão da CPI.
O senador afirmou que a comissão recolheu indícios envolvendo não apenas o caso Covaxin. Segundo ele, a CPI teria notícia de que “outras pessoas” negociaram imunizantes com Barros e foram encaminhadas por ele ao ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, outro que está na mira da comissão.
– É pelo conjunto da obra, pelos indícios, [pelo] envolvimento, pela comprovação da participação dele em muitos momentos. Ele, a partir de hoje, é mais um investigado formal. No enfrentamento da pandemia, no caso Covaxin e em outros casos. A CPI tem notícia de outras pessoas que negociaram vacinas com Ricardo e foram mandadas para o Roberto Dias – disse Calheiros, que citou ainda a Belcher Farmacêutica.
RELATÓRIO
O senador também afirmou que vai trabalhar para entregar seu relatório final na segunda quinzena de setembro.
– Não sei se conseguiremos, mas vou efetivamente, vou me dedicar a isso – disse o relator, lembrando que a CPI ainda precisa ouvir mais 12 pessoas, além obter mais informações a partir de requerimentos e quebras de sigilo.
*AE
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