‘Covidão do RJ’ envolve pastor, deputado do PT e até reitor
Veja quem são os alvos de prisão e busca e apreensão
Gabriela Doria - 28/08/2020 11h50 | atualizado em 28/08/2020 11h57








As investigações que apuram um esquema de desvio de recursos emergenciais da pandemia no estado do Rio de Janeiro envolvem grandes figurões da política estadual, da Justiça e até da classe empresarial.
O mais notável deles é o governador Wilson Witzel, afastado do cargo por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na manhã desta quinta-feira. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Witzel está no vértice de uma pirâmide criminosa de desvios na Saúde.
Até o momento, a PGR já denunciou o governador, a primeira-dama Helena Witzel, e outras sete pessoas.
Veja quem está na mira da Justiça e da Polícia Federal:
Mandados de prisão confirmados:
– Pastor Everaldo, presidente do PSC (preso);
– Lucas Tristão, ex-secretário de Desenvolvimento Econômico; (preso)
– Sebastião Gotardo Netto, médico e ex-prefeito de Volta Redonda (preso).
Mandados de busca e apreensão confirmados:
– contra a primeira-dama, Helena Witzel, no Palácio Laranjeiras;
– contra Cláudio Castro, vice-governador;
– contra André Ceciliano (PT), presidente da Assembleia Legislativa (Alerj);
– contra o desembargador do Trabalho Marcos Pinto da Cruz.
O empresário José Carlos de Melo, pró-reitor da Universidade Iguaçu (Unig), é apontado com um dos empresários envolvidos no esquema, ao lado de Mário Peixoto, que teria fechado contratos fraudulentos com o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel.
Ao todo, são 17 mandados de prisão, sendo 6 preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão. A Procuradoria-Geral da República denunciou nove pessoas, entre elas Wilson e Helena Witzel.
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