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Covidão: 3,3 mil denúncias já atingem 12 estados e o DF

Superfaturamento, favorecimento de empresas e outros crimes são investigados contra administrações públicas

Paulo Moura - 14/06/2020 08h44 | atualizado em 14/06/2020 08h47

PF realiza operação contra fraudes no uso de recursos contra a Covid-19 Foto: Divulgação

Governadores na mira de operações da Polícia Federal (PF) e prefeitos investigados por superfaturamentos em máscaras, respiradores e outros itens relacionados ao combate do coronavírus.

Essas são só algumas das denúncias do chamado “Covidão”, como estão sendo chamadas popularmente as ações de combate à corrupção e ao desvio de verbas direcionadas para o tratamento da Covid-19.

Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, já enfrentam impactos da corrupção relacionada ao dinheiro que deveria ser aplicada no cuidado com a doença. Segundo a Controladoria Geral da União (CGU), são 3,3 mil denúncias relacionadas com a pandemia.

Na Procuradoria-Geral da República (PGR), há 3.066 procedimentos judiciais. As investigações são de natureza criminal, cível, constitucional, de cooperação internacional de direitos do cidadão, administrativa, cooperação internacional e até eleitoral que já foram judicializadas. Do total, 1.185 são criminais.

– Os procedimentos judiciais tratam-se, em sua maioria, de execuções penais. Já os extrajudiciais abordam questões como problemas na fila, no cadastro e na liberação do auxílio emergencial – destaca a PGR.

O mais recente alvo das investigações foi o governador do Pará, Helder Barbalho, No estado, a PF apura fraudes na compra de respiradores pulmonares pelo governo estadual.

Agentes fizeram buscas na casa do governador, no Palácio dos Despachos, sede do governo, e nas secretarias de Saúde, Fazenda e Casa Civil. Na casa de um subsecretário de Saúde foram achados R$ 750 mil em espécie dentro de uma caixa térmica.

Já em outros, a situação é ainda mais crítica, como é o caso do Rio de Janeiro, em que Wilson Witzel tem o cargo seriamente ameaçado após a aprovação da abertura do processo de impeachment aberto contra ele, na última quarta-feira (10), com o placar de 69 a 0.

O chefe do Executivo fluminense é investigado na Operação Placebo, que apura desvios na área da saúde, especialmente na construção de hospitais de campanha.

No encalço dos governadores, o titular da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, falou sobre a fiscalização e a transparência no combate à corrupção e às fraudes na Saúde ligadas à pandemia durante a última reunião ministerial na terça-feira (9).

– Criamos um canal específico para o cidadão se comunicar com o governo através de manifestações, denúncias, solicitações de informações – destacou.

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