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Prefeito da cidade de Aparecida, famosa pelo santuário católico, acionou a Justiça para tentar tirar a cidade das duras restrições do governo

Paulo Moura - 17/03/2021 13h54 | atualizado em 17/03/2021 15h38

Prefeito de Aparecida, em São Paulo, entrou na Justiça contra lockdown Foto: Reprodução

Com as medidas restritivas cada vez mais intensas, determinadas pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), prefeitos de alguns municípios paulistas começam a sentir duramente os impactos socioeconômicos em suas populações, com a fome e o desemprego impactando a qualidade de vida delas nesses locais.

O prefeito de Aparecida, Luiz Carlos de Siqueira (Podemos), decidiu entrar na Justiça contra a fase emergencial, decretada pela gestão estadual, para tentar reabilitar a economia local, que, segundo o gestor, já conta com mais de 70% da população desempregada.

– Não suporto mais ver gente chorando e pedindo comida. A situação é muito complicada – disse o prefeito em entrevista ao programa Opinião no Ar, da Rede TV, na terça-feira (16).

Luiz também falou sobre a situação da saúde pública da cidade e afirmou que, no momento, nenhum paciente utiliza respirador nos 20 leitos disponíveis na cidade. Segundo ele, a cidade precisa de doação de cestas básicas por conta das famílias que estão passando fome no município.

– Fui para a Justiça, para que eu pudesse equilibrar o antagonismo que é a pandemia. Hoje eu não tenho nenhum paciente no respirador e eu tenho 20 leitos de respiradores aqui. Está difícil pra mim governar uma cidade que está subjugada, que está de joelhos, está suplicando uma ajuda do governo do estado e do governo federal. Ajuda para quê? Para matar a fome do nosso povo – declarou.

Com as medidas mais recentes determinadas pelo governo Doria, Aparecida, que guarda o Santuário Nacional da Padroeira do Brasil, não pode ter celebração de missas nem receber peregrinos, o que compromete ainda mais a economia local, movimentada com a ida de peregrinos à cidade.

– Nós precisamos de cestas básicas, porque recursos próprios eu não tenho. A cidade não paga nada. A nossa situação é essa. Estamos vivendo o pior momento de uma cidade que é depositária da fé e da esperança do povo. Os peregrinos vêm aqui para suplicar, aos pés da padroeira, [por] uma vida mais digna; [vêm] ou para pedir, ou para agradecer. Hoje nós não temos mais esses peregrinos aqui, infelizmente – lamentou.

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