Covid: Não vacinados ironizam e adotam o termo ‘transvacinado’
Apoiadores do movimento dizem que se sentem "vacinados em um corpo não vacinado"
Henrique Gimenes - 28/09/2021 17h01 | atualizado em 28/09/2021 17h41

Nos últimos dias, espalhou-se pelas redes sociais um vídeo em que uma integrante do movimento Transvacinado explica seu posicionamento ao não se imunizar contra a Covid-19. Com ironia, ela fez um paralelo com o movimento transexual e disse que os apoiadores da iniciativa adotaram o nome por se sentirem “vacinados em um corpo não vacinado”.
A gravação traz a influenciadora Ana Paula Palagar durante manifestação pelo Dia da Independência. Ela aparece com uma camisa sobre o movimento Transvacinado e explica seu significado.
– Esse movimento, Transvacinado, está no mundo todo. São pessoas que se sentem vacinadas, mesmo não tendo o corpo vacinado. E a gente quer respeito sobre isso. A gente quer que as pessoas respeitem nossa visão e o nosso sentir de estar vacinado […] Da mesma forma que outras pessoas são respeitadas como trans, nós também queremos ser respeitados – apontou.
Na sequência, ela é questionada sobre o motivo de achar que está imunizada, apesar de não ter tomado uma vacina.
– Pelo simples fato de eu me sentir com saúde, de eu me sentir imunizada – ressaltou.
Transvacinado. Errado não tá….
Vai dar tela azul na turma. pic.twitter.com/zR5vM9cP9A
— Ponderando (@PonderadoO) September 24, 2021
Outros conservadores notáveis também se disseram a favor do movimento, como o vereador Nikolas Ferreira, de Belo Horizonte.
– Tem gente que se sente mulher, mas é homem. Posso me sentir vacinado também? Sou transvacinado. Fim de papo – escreveu.
Outro que disse seguir o movimento foi o deputado estadual André Fernandes, do Ceará.
– Exijo respeito – disse.