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Covid-19: Maia fala em cortar salários de parlamentares

Presidente da Câmara também afirmou que a medida teria que ser adotada pelos três poderes

Henrique Gimenes - 23/03/2020 19h35 | atualizado em 23/03/2020 19h45

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia Foto: Reprodução

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mencionou, nesta segunda-feira (23), a possibilidade de cortar os salários de parlamentares como “um gesto importante” e ressaltou que o governo precisa injetar recursos na economia para combater os efeitos da epidemia de coronavírus. As declarações foram dadas durante entrevista à CNN Brasil.

O parlamentar disse que é possível utilizar a verba destinada ao fundo partidário para combater a crise, mas que será necessário ainda mais recursos.

– Se é no fundo eleitoral ou partidário, que podem representar R$ 2,5 bilhões, não vejo problema, que se use. Agora, nós precisamos entender: a Saúde vai precisar de quanto? De R$ 50, R$ 100, R$ 150 bilhões. Só um projeto de suspensão do contrato de trabalho para contratar o seguro-desemprego vai custar quanto? De R$ 80 a R$ 100 bilhões. Por isso, a gente não precisa estar preocupado com gastos que tem previsão futura. Temos que usar qualquer rubrica – explicou.

Maia também afirmou que os cortes de salários podem atingir deputados e senadores e também outros servidores do Executivo e do Judiciário.

– Todo poder público vai ter que contribuir. Transferir isso para o parlamentar é fazer apenas um gesto importante, mas que não tem nenhum impacto fiscal. Acho que os três Poderes vão ter que contribuir: Legislativo, Executivo e Judiciário. Os salários no nível federal são o dobro no seu equivalente no setor privado – apontou.

O presidente da Câmara ainda lembrou que o governo tem liberdade para utilizar quanto do Orçamento for necessário, já que não há mais meta fiscal após a aprovação do estado de calamidade pública.

– Se não existe mais meta… o governo tinha projetado um gasto acima de sua receita primária de R$ 126 bilhões. Ele agora pode gastar R$ 200, R$ 300, R$ 400 bilhões – destacou.

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