Gabriela Doria - 21/07/2021 21h49 | atualizado em 21/07/2021 22h31

Prestes a assumir a Casa Civil do Palácio do Planalto, o senador Ciro Nogueira (Progressistas-PI) já foi aliado fiel da oposição a Jair Bolsonaro. Ainda em 2018, durante a campanha eleitoral, Nogueira apoio a candidatura de Fernando Haddad (PT) e chegou a prestigiar comícios do PT no Piauí.

Na ocasião, Nogueira contrariou o próprio Progressistas, que fez parte da coligação do candidato Geraldo Alckmin (PSDB).

Nesta mesma eleição, o futuro ministro de Bolsonaro se declarou “com Lula até o fim”, quando o ex-presidente foi impedido de pela Justiça Eleitoral de se candidatar.

Além do carinho a Lula, o parlamentar não poupou críticas a Bolsonaro. Em uma entrevista à TV Meio Norte, de seu estado natal, o senador classificou o então deputado e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro como “fascista”.

– O Bolsonaro, eu tenho muita restrição, porque é fascista, ele tem um caráter fascista, preconceituoso, é muito fácil ir para a televisão e dizer que vai matar bandido – disparou à época.

A ligação com o PT foi rompida no ano passado, quando Bolsonaro se aproximou do Centrão. A partir deste momento, Nogueira anunciou oposição ao governador Wellington Dias (PT-PI). Desde então, o partido vem se aproximando de Bolsonaro e suas pautas.

Além da provável entrada de Ciro na Casa Civil, outros figurões do centrão já participam do governo Bolsonaro: a deputada Flávia Arruda (PL-DF) comanda a Secretaria de Governo, e o deputado Fábio Faria (PSD-RN), ministro das Comunicações, despacha do Planalto. João Roma, que é deputado pelo Republicanos da Bahia, é o chefe do Ministério da Cidadania, responsável por programas sociais.

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