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Thamirys Andrade - 29/06/2023 11h09 | atualizado em 29/06/2023 18h32

Deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis Foto: Reprodução

Candidato à Presidência da República em 2022, Padre Kelmon (PTB) anunciou em suas redes sociais a realização de uma versão conservadora do Foro de São Paulo, organização de partidos e coletivos de esquerda que irá se reunir em Brasília entre esta quinta-feira (29) e o domingo (2). Com o início previsto para às 14h desta quinta, em um auditório no Senado Federal, o Foro pelo Brasil, irá reunir, além de Kelmon, políticos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como as deputadas Bia Kicis (PL-DF), Carla Zambelli (PL-SP) e o senador Magno Malta (PL-ES).

Segundo Zambelli, a primeira reunião do Foro do Brasil será realizada para apresentar pautas conservadoras e atrair políticos para debater propostas políticas, além de incentivar jovens para se tornarem “agentes de transformações locais”.

– Representa os valores da cultura judaico-cristã, o estado mínimo, os direitos individuais, a livre expressão de propriedade, o direito ao porte de armas para defesa pessoal e da propriedade, o livre mercado e a economia liberal – disse a deputada.

O evento busca se mostrar como uma alternativa da direita à nova reunião do Foro de São Paulo, que irá se reunir por quatro dias em Brasília.

O Foro de São Paulo foi fundado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ex-líder de Cuba, Fidel Castro, em 1990. Segundo o seu documento de criação, a organização busca reunir organizações de esquerda para “tratar da defesa da democracia, da integração e soberania dos países latino-americanos e do combate ao imperialismo e ao neoliberalismo”.

Desde 1990, as reuniões do Foro aconteceram de forma anual. Porém, devido à pandemia de Covid-19, não foram realizados encontros desde 2019. Neste ano, espera-se que compareçam membros de governo, partidos políticos e organizações de esquerda de 23 países.

O presidente Lula confirmou que irá participar da abertura do Foro, que tem horário previsto para iniciar às 19 horas. Também é esperada a presença de representantes de países de fora da América Latina e do Caribe, como Estados Unidos e Arábia Saudita. Uma das críticas da oposição do governo federal é que o FSP, entidade que se declara anticapitalista, está cobrando as inscrições dos participantes em dólar, moeda dos Estados Unidos da América.

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