Pleno.News - 05/04/2021 15h03 | atualizado em 05/04/2021 15h48

Nesta segunda-feira (5), o relator de um processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) no Conselho de Ética da Casa votou pelo arquivamento do caso por entender que não há justa causa para se continuar o processo.

O processo em questão trata de uma declaração dada por Eduardo durante uma entrevista à jornalista Leda Nagle em 2019, quando afirmou que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, um “novo AI-5” poderia ser uma das respostas.

A declaração do parlamentar fez com que partidos de esquerda fossem ao Conselho de Ética afirmando que houve afronta ao decoro e pedindo que Eduardo Bolsonaro perca o seu mandato.

O relator do caso é o deputado Igor Timo (Pode-MG), que considerou que a fala de Eduardo não configura “grave irregularidade no desempenho do seu mandato”. Para ele, “conquanto da autoria e materialidade dos fatos declinados estejam demonstrados, as condutas descritas não confiram afronta ao decoro parlamentar, tratando-se de fatos atípicos”.

Igor Timo então votou pelo arquivamento “diante da inexistência de justa causa”.

Apesar do relatório, um pedido de vistas conjunto adiou a análise do parecer. A iniciativa partiu da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) e foi acompanhada por outros deputados de oposição.

Além disso, o PSOL também entrou com um pedido de suspeição do relator, afirmando que Igor Timo teria relações com a família Bolsonaro.

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